STJ nega liminar a PMs envolvidos no desaparecimento do pedreiro Amarildo

O presidente do Superior Tribunal de Justi�a (STJ), ministro Felix Fischer, negou liminar a dois policiais militares denunciados por envolvimento no desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza. A decis�o foi publicada hoje no site do STJ na internet.

O major Edson Raimundo dos Santos e o tenente Luiz Felipe de Medeiros trabalhavam na Unidade de Pol�cia Pacificadora (UPP) da Rocinha, quando Amarildo desapareceu. Acusados e presos, eles questionaram a transfer�ncia do Batalh�o Especial da Pol�cia Militar para o Pres�dio Petrolino Werling de Oliveira, Bangu 8, no Complexo de Gericin�, onde s�o mantidos em pris�o especial.

Em novembro do ano passado, a Justi�a do Rio, por unanimidade de votos, negou habeas corpus em favor dos dois policias. Eles est�o entre os 13 presos dos 25 PMs denunciados pelo crime.

Em nota, o tribunal informou que o ministro Fischer considerou que a ordem de pris�o fundamenta, de forma suficiente, a necessidade da medida, bem como a decis�o do Tribunal de Justi�a do Rio de transferir os policiais para a unidade de cust�dia de Bangu, devido � influ�ncia dos dois PMs sobre os demais r�us. O m�rito do recurso em habeas corpus ser� apreciado a partir de fevereiro pela Sexta Turma do STJ.

Relembre o caso
Morador da Rocinha, o pedreiro Amarildo desapareceu em julho passado, depois de ser levado por policiais da UPP para interrogat�rio sobre um suposto esconderijo de armas de traficantes. Testemunhas disseram � Pol�cia Civil que Amarildo foi torturado e morto na sede da UPP da Rocinha.

O ex-comandante da unidade, major Edson Santos, sustentou que Amarildo foi ouvido e liberado, mas nunca apareceram provas que mostrassem o pedreiro saindo da UPP, pois as c�meras de vigil�ncia, que poderiam registrar a sa�da dele, n�o estavam funcionando. O sumi�o do pedreiro gerou uma s�rie de protestos contra a viol�ncia policial e a impunidade.