A segunda testemunha ouvida nesta quarta-feira (19) na audi�ncia de instru��o e julgamento do caso do desaparecimento do auxiliar de pedreiro Amarildo de Souza disse que era comum as equipes dos soldados Avelar e Vital, da Unidade da Pol�cia Pacificadora (UPP), abordarem de forma violenta moradores na comunidade da Rocinha. Os dois soldados est�o entre os 25 r�us no processo.
No depoimento, a testemunha disse que essas equipes "davam tapa na cara, choque el�trico e saco na cabe�a geral [colocam sacos na cabe�a] dos moradores para pegar informa��es" e presenciou atos de tortura praticados pelo grupo do soldado Avelar. Tamb�m disse que a casa de um de seus irm�os foi invadida por policiais e alvejada, e o irm�o foi torturado por policiais, que o teriam confundido com um traficante. A testemunha falou por cerca de 40 minutos.
O terceiro depoente tamb�m � morador da Rocinha e menor de idade. A imprensa n�o foi autorizada a acompanhar a audi�ncia.
Com isso, foi encerrada a fase de depoimentos da acusa��o, na qual foram ouvidas dez testemunhas em tr�s sess�es. Na primeira audi�ncia, no dia 20 de fevereiro, foram ouvidos o delegado Rivaldo Barbosa, diretor da Divis�o de Homic�dios; a delegada Ellen Souto e do inspetor de pol�cia, Rafael Rangel.
Os soldados da Pol�cia Militar Alan Jardim, Dezia Juliana da Costa e Carolina Martins prestaram depoimento no dia 12 de mar�o. Houve tamb�m na sess�o passado um depoimento sigiloso de mais um policial, ap�s o enceramento da audi�ncia, por volta das 22h.
Neste momento, est� depondo o delegado da Pol�cia Civil Orlando Zaconni, da 30ª Delegacia de Pol�cia, que foi respons�vel pelo processo nos 15 primeiros dias.