H� exatos 60 dias para o in�cio da Copa do Mundo, policiais federais fizeram um protesto na Praia de Copacabana na manh� deste domingo (13) e prometem fazer greve durante o evento esportivo. Cerca de 300 policiais e familiares marcharam pela Avenida Atl�ntica com cinco elefantes brancos infl�veis, para reivindicar melhores condi��es de trabalho, reajuste salarial e reestrutura��o da carreira.
“A gente pede a reestrutura��o das carreiras, com as atribui��es dos cargos de papiloscopista, agente e escriv�o definidas por lei, porque n�o tem isto at� agora, e no m�nimo uma reposi��o inflacion�ria para a gente poder sentar e conversar. O elefante branco � a inefici�ncia do nosso modelo de seguran�a p�blica, no qual 96% dos inqu�ritos n�o d�o em nada, s� 2% apontam realmente e punem os culpados. Em nenhum lugar do mundo isso existe”,disse.
De acordo com ele, a categoria est� h� sete anos sem aumento. “Toda vez que a gente tem sentado com o governo, por meio da Federa��o Nacional dos Policiais Federais que est� negociando l� [em Bras�lia], � sempre um passo para tr�s, o governo vem sempre com um desrespeito total. A gente aguarda at� a Copa do Mundo, mas estamos com a mesma proposta de Bras�lia e dos outros estados: � parar na Copa do Mundo, principalmente os aeroportos”.
Mello diz que os servi�os essenciais ser�o mantidos em uma eventual greve, como foi mantido na paralisa��o de hoje. Mas, segundo ele, uma greve da Pol�cia Federal representa risco para a seguran�a do pa�s.
“O governo federal tem dito que consegue nos substituir com outros servidores, como Ex�rcito, For�a Nacional e outros policiais, s� que dentro do aeroporto n�o tem como, � uma fun��o muito espec�fica, a imigra��o requer que o cara tenha experi�ncia naquilo ali. Pode substituir, mas o governo vai ter que abrir a porteira e deixar entrar procurados de fora [do pa�s], terroristas, que s�o um risco para a sociedade e para o Brasil nesse evento grande, que � a Copa do Mundo”,observou.
Este foi o s�timo protesto organizado neste ano pela categoria. Os sindicatos denunciam gest�o ineficiente, segrega��o funcional, evas�o de servidores qualificados, falta de atribui��es por lei, sucateamento funcional e material, congelamento salarial e gest�o prec�ria dos recursos humanos dentro do �rg�o.