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Estado de Minas

Cantareira tem m�s mais seco em 84 anos


postado em 01/07/2014 09:07 / atualizado em 01/07/2014 11:03

Em crise declarada h� cinco meses, o Sistema Cantareira registrou em junho novo recorde negativo. Foi o m�s mais seco do principal manancial paulista em 84 anos de medi��o, superando maio deste ano. Dados do comit� anticrise que monitora a estiagem local mostram que a vaz�o afluente - volume de �gua que chega aos reservat�rios - foi de apenas 6,6 mil litros por segundo, 46% inferior � m�nima hist�rica para este m�s, registrada em 2000: 14,3 mil litros por segundo.

A situa��o � consequ�ncia direta do baixo �ndice pluviom�trico na regi�o, que contrariou desejo do governo Geraldo Alckmin (PSDB). Assessores do governador esperavam um desempenho semelhante ao de 2013, quando junho e julho foram os �nicos meses em que o volume de chuva ficou acima da m�dia. Mas, na pr�tica, a pluviometria acumulada no m�s passado foi de 15,8 mil�metros, 72% a menos que a m�dia hist�rica de 56 mil�metros, segundo a Companhia de Saneamento B�sico do Estado de S�o Paulo (Sabesp).

“Junho foi realmente muito seco e a previs�o � de que a pluviometria continue muito baixa em julho, ao contr�rio do ano passado, quando choveu o dobro do esperado. O cen�rio n�o � nada animador”, afirma a meteorologista Daniele Lima, da Climatempo. Segundo a empresa, nem a passagem do El Ni�o, previsto para ocorrer entre este m�s e agosto, deve ajudar o Cantareira. A previs�o � de que o fen�meno provoque fortes chuvas apenas na Regi�o Sul do Pa�s e at� atrase a chegada da frente �mida no Sudeste durante a primavera.

Com o m�s mais seco de sua hist�ria, o Cantareira registrou em junho um d�ficit de 16,5 mil litros por segundo, o que representa uma redu��o de aproximadamente 43 bilh�es de litros do sistema, ou 4,2 pontos porcentuais no n�vel de armazenamento. O recorde anterior era de maio, com vaz�o afluente de 7,3 mil litros por segundo. Ontem, o manancial estava com 20,6% da capacidade, segundo a Sabesp, j� considerando os 182,5 bilh�es do chamado “volume morto” - reserva profunda.

Segundo o comit� anticrise, liderado por t�cnicos da Ag�ncia Nacional de �guas (ANA), do governo federal, e do Departamento de �gua e Energia El�trica (DAEE), do governo paulista, a Sabesp j� havia usado at� ontem 33,3 bilh�es de litros do “volume morto”, ou 18,3% da reserva dispon�vel.

Pior cen�rio

No in�cio do m�s passado, a Sabesp informou ao comit� que no pior cen�rio de chuvas poss�vel para os pr�ximos meses essa parcela do “volume morto” do Cantareira pode acabar em 27 de outubro, um dia ap�s o segundo turno das elei��es a governador de S�o Paulo. Diante dessa possibilidade, a companhia j� solicitou � ANA e ao DAEE autoriza��o para retirar mais 100 bilh�es de litros da reserva profunda para evitar o racionamento de �gua generalizado. O pedido divide os �rg�os gestores.

O presidente da ANA, Vicente Andreu, j� se manifestou contr�rio ao pleito da Sabesp, que comprometeria 70% dos de 400 bilh�es de litros do “volume morto”. A precau��o deve-se ao fato de que a situa��o do Cantareira est� pior do que o previsto no cen�rio mais pessimista da Sabesp, que considerou vaz�o afluente equivalente a 50% da m�nima hist�rica.

A Sabesp afirma que foi obrigada pelo comit� “a apresentar proje��es muito mais pessimistas”. Mas reitera que o volume dispon�vel no sistema � suficiente para manter o abastecimento sem rod�zio oficial.


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