Juiz que deu voz de pris�o a funcion�rios da TAM ainda n�o compareceu a delegacia

A Pol�cia Civil do Maranh�o espera ouvir o juiz da cidade, que deu voz de pris�o a tr�s funcion�rios da TAM Linhas A�reas no �ltimo s�bado, ainda nesta semana. O magistrado foi impedido de embarcar em um voo no Aeroporto de Imperatriz com destino a S�o Paulo por ter chegado atrasado. Revoltado, discutiu com tr�s pessoas da empresa. Mesmo se dizendo v�tima, ainda n�o procurou a delegacia para prestar esclarecimentos. Na tarde desta segunda-feira, o juiz falou pela primeira vez sobre o caso.

De acordo com o delegado regional de Imperatriz, Francisco de Assis Andrade Ramos, o juiz ainda � esperado. “Eles se diz v�tima de um crime contra o consumidor, mas ainda n�o compareceu na delegacias para dar sua vers�o sobre os fatos. O boletim de ocorr�ncia chegou a ser feito, mas sem a assinatura dele, pois n�o procurou a pol�cia”, comenta Ramos. O policial afirma que o magistrado trabalha na 4ª Vara C�vel do Tribunal de Justi�a da cidade, mas ainda n�o foi encontrado.

O caso aconteceu no �ltimo s�bado. Testemunhas informaram � pol�cia, que o juiz ficou revoltado quando chegou no aeroporto para embarcar em um voo que seguia para S�o Paulo e acabou barrado pelos funcion�rios da empresa. Eles alegam que o hor�rio de embarque j� tinha encerrado e que ningu�m mais poderia entrar na aeronave.

Indignado com a situa��o, o magistrado acionou a pol�cia. Antes mesmo da chegada dos policiais, discutiu com um funcion�rio e, em seguida, deu voz de pris�o a ele. Outros dois colegas do homem, que tamb�m trabalham na empresa, tentaram intervir na situa��o e explicar as normas que foram seguidas. Por�m, tamb�m receberam voz de pris�o.

Mesmo irritado com a situa��o, o juiz n�o compareceu a delegacia. “Apesar de se dizer v�tima, n�o conseguimos ouv�-lo. Agora, o caso est� com a 3ª delegacia, que vai aprofundar nas investiga��es”, comenta o delgado Francisco Ramos. O magistrado conseguiu seguir viagem na aeronave de outra empresa no mesmo dia.

Diante da repercuss�o, Baldochi, que ainda n�o havia se manifestado sobre o ocorrido, comentou o caso na tarde desta segunda-feira. "Muitos se contentam com as apar�ncias, permitindo que a fantasmagoria prevale�a sobre a raz�o. Mas a raz�o n�o admite equ�vocos! O voo marcado para as 21h02 admitia o embarque, segundo as normas de avia��o civil e do que consta do pr�prio bilhete, 15 minutos antes da partida", disse.

"Todavia, mesmo com o check-in em m�os, as 20h32 os passageiros Marcelo Baldochi e Camila Costa foram impedidos de embarcar sob a alega��o de que deveriam estar no local �s 20 horas", relatou o juiz. O magistrado ainda disse que o agente da TAM n�o prestou qualquer informa��o e disse que n�o era problema dele, isolando-se numa sala da companhia

Baldochi informou ter registrado �s 20h42 uma ocorr�ncia na Infraero/Anac, contra a companhia e seu agente - que, segundo o juiz, n�o prestou informa��o alguma das raz�es da impossibilidade do embarque e o que faria com os passageiros.

Por fim Baldochi ainda afirma que "o agente incorreu em il�cito civil e criminal, e toda e qualquer pessoa pode dar voz de pris�o, chamar a pol�cia. Est� na lei e ali se fazia presente um consumidor que exigia seus direitos", completou.

Em nota enviada a imprensa na manh� desta segunda-feira, 8, a Associa��o de Magistrados do Maranh�o (Amma) criticou a atitude do juiz. A entidade disse n�o compactuar com a atitude de Baldochi e anunciou que pedir� investiga��o do caso da Corregedoria-Geral de Justi�a.

Em nota, a Tam informou que “que segue todos os procedimentos de embarque regidos pela Legisla��o do setor”. Disse, ainda, “que est� colaborando e prestando todos os esclarecimentos �s autoridades”. (Com Ag�ncia Estado)