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Estado de Minas

Chacina com 18 mortos assusta S�o Paulo

Em duas horas e meia, bandidos deixam rastro de sangue em duas cidades. Crimes podem estar ligados a assassinato de PM


postado em 15/08/2015 00:12 / atualizado em 15/08/2015 07:27

S�o Paulo – A a��o de grupos armados entre a noite de quinta-feira e a madrugada de ontem, na Regi�o Metropolitana de S�o Paulo, que resultou na morte de 18 pessoas, das quais 12 n�o tinham passagem pela pol�cia, e deixou outras sete feridas, desencadeou uma onda de terror na regi�o. Os crimes ocorreram dentro de um raio de 7km. O n�mero de mortos e feridos foi confirmado ontem pelo secret�rio da Seguran�a P�blica, Alexandre de Moraes – inicialmente, a pol�cia havia divulgado 19 mortes, com um assassinato em Itapevi. Segundo ele, foram 15 v�timas em Osasco e tr�s em Barueri.

O secret�rio informou que a principal linha de investiga��o da pol�cia envolve a participa��o de policiais militares. Segundo essa linha de apura��o, a onda de crimes teria sido uma retalia��o ao assassinato de um PM, na semana passada, em Osasco. O policial foi baleado ao reagir a um assalto, em um posto de combust�veis da cidade. “Se surgir algum ind�cio de que h� participa��o de policiais, a corregedoria ser� chamada”, disse o secret�rio. A participa��o de policiais em crimes desse tipo n�o � incomum. Nas cinco principais chacinas registradas na capital paulista desde 2013, onde morreram 42 pessoas, existe a suspeita de participa��o da pol�cia.

Entre as v�timas, cinco tinham antecedentes criminais, de acordo com o governo do estado. Segundo o secret�rio, uma for�a-tarefa com 50 policiais est� atuando nas investiga��es do caso. “� um fato grave e ser� investigado de forma diferenciada”, disse. “N�o descartamos nenhuma hip�tese.” C�psulas de tr�s diferentes calibres de armas foram encontradas pr�ximo aos corpos: 9 mm (de uso da Pol�cia Militar) e 38 e 380, de uso de guardas civis metropolitanos. Alexandre Moraes informou que uma imagem do autom�vel usado pelos criminosos em Osasco, registrada por uma testemunha. Pode ajudar nas investiga��es. Pelo menos seis pessoas participaram das mortes na cidade.

As a��es foram semelhantes. Homens encapuzados e usando coturnos estacionaram um carro, desembarcaram e dispararam v�rios tiros contra as v�timas. Em alguns locais, testemunhas disseram que os assassinos perguntaram por antecedentes criminais dos alvos, o que definia vida ou morte das pessoas. Para o secret�rio, perguntar sobre o passado criminal e usar coturno � “t�pico de quem quer fingir que � um policial”.

Em Osasco, no Bairro Munhoz J�nior, uma chacina deixou 10 mortos em um bar, por volta das 20h30. Quatro das v�timas morreram no local e outras seis no Hospital Jardim Mutinga. Cinco horas depois, quando a reportagem passou pelo local, v�rios moradores ainda olhavam assustados a cena do crime. Um homem que n�o quis se identificar disse que uma das v�timas trabalhava como auxiliar de ind�stria e costumava parar no bar para tomar um conhaque antes de ir para casa. Outra moradora falou que um dos baleados morreu sentado na cadeira, do lado de fora do estabelecimento.

No local, espantado diante da cena, um dos peritos da Pol�cia Civil disse: “Nunca vi uma noite com tantos mortos em S�o Paulo”. V�rias equipes trabalharam durante toda a madrugada na investiga��o. Ainda em Osasco, mas desta vez no Jardim Elvira, um jovem foi morto em frente a uma sorveteria. Tr�s parentes gritavam e se abra�avam de desespero pr�ximos ao corpo da v�tima.

TOUCAS NINJAS Na vizinha Barueri, duas pessoas foram mortas a tiros tamb�m em um bar, no Parque dos Camargos. O dono do estabelecimento disse que cerca de 10 pessoas estavam no local, quando quatro homens, com toucas ninjas, desembarcaram de um carro. Da mesma forma, perguntaram quem tinha passagem pela pol�cia e atiraram em duas pessoas. O restante dos clientes fugiu do local. As imagebns das c�meras de seguran�a do bar foram entregues � Pol�cia Civil.

Ainda em Barueri, outro homem foi assassinado na Vila Engenho Novo. Testemunhas disseram � Guarda Civil Municipal que ocupantes de um carro preto dispararam v�rios tiros contra a v�tima. Segundo a GCM, ap�s a v�tima cair no ch�o, os assassinos desembarcaram do carro e foram se certificar se ele estava morto.

Fam�lias das v�timas foram ao Instituto M�dico Legal (IML) de Osasco para liberar os corpos na manh� de ontem. Em desespero, os parentes se diziam revoltados com a falta de seguran�a em seus bairros e afirmavam que seus familiares n�o tinham qualquer liga��o com o mundo do crime.

A��O ‘GRAV�SSIMA’
O governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), cancelou todos os compromissos marcados para ontem para se reunir com o secret�rio de Seguran�a P�blica, Alexandre de Moraes. � tarde, Alckmin esteve na Delegacia Seccional de Osasco para acompanhar os trabalhos de investiga��o. “Vamos esclarecer o mais rapidamente poss�vel”, disse. O governador garantiu seguran�a nas cidades onde houve os ataques, classificou a a��o de “grav�ssima” e prestou solidariedade �s fam�lias das v�timas. J� o prefeito de Osasco Jorge Lapas (PT) disse que � necess�rio um esfor�o conjunto entre as administra��es municipais e a Pol�cia Civil para as investiga��es sobre a s�rie de ataques. “� hora de nos unirmos para esclarecer logo essa situa��o.”

 


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