
Enquanto o caso do estupro coletivo contra uma adolescente no Rio de Janeiro levanta a discuss�o sobre a cultura do abuso sexual e crescem mobiliza��es de coletivos contra a naturaliza��o do estupro, a Pol�cia Civil pediu a pris�o de quatro envolvidos no crime b�rbaro - os pr�prios abusadores gravaram e publicaram na internet as imagens da viol�ncia brutal. Ap�s fazer exames no hospital, a v�tima, de 16 anos, contou que acordou com "33 caras" em cima dela.
Os suspeitos da divulga��o do v�deo s�o Marcelo Miranda da Cruz Correa, de 18 anos, e Michel Brazil da Silva, de 20 anos. Lucas Perdomo Duarte Santos, de 20 anos, tinha um relacionamento com a adolescente e teria participa��o direta no crime. O quarto suspeito � Raphael Assis Duarte Belo, de 41 anos, que est� nas imagens ao lado da garota. A pol�cia n�o divulgou nomes de outros suspeitos, embora um dos rapazes no v�deo fa�a refer�ncia ao n�mero de 30 pessoas.
O grupo estuprou a jovem no s�bado (21), em uma comunidade da Zona Oeste do Rio de Janeiro. � pol�cia, a jovem contou que tinha ido � casa de Lucas, com quem se relacionava h� tr�s anos. Ela se lembrava apenas de estar a s�s na casa dele e de acordar, no domingo, em outra casa do mesmo morro, dopada, nua e com 33 homens armados com fuzis e pistolas.
Grupos de mulheres na internet organizam um grita�o contra a cultura do estupro e o machismo. A Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) divulgou nota de solidariedade � v�tima. O texto faz refer�ncia a outro epis�dio ocorrido no Brasil, quando uma jovem do Piau� foi abusada por cinco homens, na semana passada. A ONU pede justi�a para os dois casos.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) classificou o crime como uma barb�rie. “Al�m do estupro, a divulga��o dessas imagens torna a vida dessa pessoa eternamente humilhante. Ent�o, � muito importante que as pessoas percebam que receber as imagens, assistir as imagens, tamb�m � crime”, destacou Daniela Gusm�o, da Comiss�o OAB-Mulher.