(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Protesto na Praia de Copacabana lembra a morte de 144 transexuais no pa�s

O n�mero divulgado pela organiza��o n�o governamental Rede Trans Brasil aponta que o Brasil � um dos campe�es de mortes de pessoas trans no mundo


postado em 29/01/2017 17:50

Os manifestantes fincaram 144 cruzes na Praia de Copacabana para lembrar as vítimas de transfobia em 2016(foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
Os manifestantes fincaram 144 cruzes na Praia de Copacabana para lembrar as v�timas de transfobia em 2016 (foto: Tomaz Silva/Ag�ncia Brasil)
Em fevereiro de 2016, a travesti conhecida por Cicarelli, de 36 anos, foi morta de forma cruel em Jo�o Pessoa, com mais de 20 facadas, pedradas e ainda teve a orelha decepada em uma disputa de traficantes por um ponto de drogas na capital paraibana. No Dia da Visibilidade Trans, Cicarelli foi uma das pessoas trans lembradas em uma manifesta��o na Praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro.

Foram fincadas na areia 144 cruzes pretas, uma para cada transexual ou travesti mortos no ano passado por causa do preconceito, em todo o pa�s, segundo levantamento da Rede Trans Brasil. O n�mero, de acordo com a presidente da organiza��o n�o governamental, Tathiane Ara�jo, faz do Brasil um dos campe�es de mortes de pessoas trans no mundo. Ela destacou que os assassinatos refletem a vulnerabilidade dessas pessoas.

A exclus�o, explica Tathiane, come�a em casa, quando pais se recusam reconhecer a identidade de algu�m que n�o se identifica com o sexo designado ao nascer, que � o caso de pessoas trans. “A fam�lia fecha a porta, a escola fecha a porta em uma �poca crucial da vida, que � a adolesc�ncia, a� a pessoa tem dificuldade de encontrar trabalho e, por n�o ter qualifica��o, isso vira um problema social. Precisamos visibilizar que a exclus�o � o nosso principal fator de risco”, afirmou a presidente da Rede Trans Brasil, que tamb�m apontou a falta de pol�ticas p�blicas como causa da inclus�o desse grupo.

O Brasil é um dos países campeões em número de mortes provocadas por preconceito contra transexuais(foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
O Brasil � um dos pa�ses campe�es em n�mero de mortes provocadas por preconceito contra transexuais (foto: Tomaz Silva/Ag�ncia Brasil)
� margem, as pessoas trans convivem permanentemente com medo de morrer ou de ser v�tima de “estupros corretivos”, muitos em banheiros, explica Adriana Rodriguez Souza, coordenadora da Rede Trans, no Rio. “O machismo n�o aceita o 'n�o' de um homem trans, de uma l�sbica, que acabam estuprados e mortos”. Outra luta das pessoas trans, segundo Adriana, � pelo uso do banheiro compat�vel com o g�nero e o nome social.

O relat�rio completo da Rede Trans Brasil com n�mero de v�timas de transfobia – preconceito que vitima pessoas trans – com informa��es sobre circunst�ncias das mortes e recomenda��es ao poder p�blico ser� divulgado nesta segunda-feira, quando o documento tamb�m ser� entregue � Organiza��o dos Estados Americanos (OEA), no Rio. O levantamento foi feito com base em not�cias de jornais e casos apurados pela organiza��o.

Quest�o cultural
A coordenadora-geral de Promo��o dos Direitos de L�sbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Marina Reidel – representente do Minist�rio da Justi�a na manifesta��o deste domingo – reconheceu que o Brasil ainda n�o � um pa�s seguro para pessoas trans e disse que o governo tem o Disque 100 para receber den�ncias. No entanto, segundo Marina, acabar com a viol�ncia contra pessoas trans passa pela educa��o, quest�o que tem esbarrado nos legislativos.

“A viol�ncia � uma quest�o cultural. Eu, como professora que sou, reconhe�o que a educa��o precisa ser repensada nesse aspecto, mas no ano passado e retrasado, tivemos uma grande dificuldade de dialogar com os legislativos e ficaram de fora dos planos de educa��o a quest�o de g�nero”. Marina, que � uma mulher trans, tamb�m avalia que faltam servi�os para a popula��o nos estados e munic�pios.

Para discutir o cen�rio e pol�ticas p�blicas, o Conselho Nacional de Combate � Discrimina��o e Promo��o dos Direitos de L�sbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais se reunir� esta semana com �rg�os do governo, em Bras�lia.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)