
S�o Paulo � o Estado com mais infec��es e mortes registradas (9.188 �bitos e 144.593 casos), seguido do Rio (6.781 mortes e 69.499 infectados) e do Cear� (4.192 mortos e 66.218 contaminados). O Brasil � o terceiro pa�s com mais mortos pelo v�rus, atr�s apenas dos Estados Unidos e do Reino Unido. A escalada do n�mero de v�timas ocorre em meio a an�ncios de flexibiliza��o da quarentena por governadores e prefeitos.
O balan�o de �bitos e casos � resultado da parceria entre os jornalistas dos seis meios de comunica��o, que uniram for�as para coletar junto �s secretarias estaduais de Sa�de e divulgar n�meros totais de mortos e contaminados. A iniciativa in�dita � uma resposta � decis�o do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, o que ocorreu a partir da semana passada.
Com esse cons�rcio dos ve�culos de imprensa, o objetivo � informar os brasileiros sobre a evolu��o da covid-19 no Pa�s, cumprindo o papel de dar transpar�ncia aos dados p�blicos. Segundo balan�o divulgado pelo Minist�rio da Sa�de no in�cio da noite desta segunda, foram notificados no Pa�s em 24 horas novos 679 �bitos e 15.654 infectados.
Atraso
Em 3 de junho, o Brasil bateu recorde, com o registro de 1.349 �bitos em 24 horas. Naquele dia, o governo atrasou a divulga��o do balan�o, que foi enviado por volta das 22h - os n�meros vinham sendo liberados entre 19h e 20h. Na sexta, 5, terceiro dia seguido de atraso, Bolsonaro se recusou a responder de quem havia partido a ordem para postergar a publica��o. Ele disse: "Acabou mat�ria no Jornal Nacional", referindo-se ao jornal da TV Globo, o de maior audi�ncia no Pa�s.
Na mesma sexta, o portal do minist�rio com o balan�o saiu do ar. O site retornou no s�bado, 6, mas passou a apresentar s� informa��es sobre os casos "novos" - registrados no pr�prio dia. N�o havia mais os n�meros totais de mortos e infectados. Nesta segunda-feira, os dados foram divulgados em uma coletiva de imprensa, por volta das 18h.
No come�o da pandemia, balan�o era divulgado no fim da tarde
Quando o minist�rio estava sob o comando de Luiz Henrique Mandetta, a pasta divulgava dados di�rios em coletivas de imprensa por volta das 17h. Em algumas ocasi�es, os n�meros eram a atualizados antes em uma plataforma criada pelo governo.
Com a demiss�o de Mandetta e a nomea��o de Nelson Teich, a pasta mudou o hor�rio de divulga��o para 19h, com a justificativa de que haveria mais tempo para coletar informa��es e divulgar n�meros mais consolidados. Ap�s Teich pedir demiss�o, o minist�rio manteve a divulga��o no mesmo hor�rio, com atrasos eventuais.
Estat�sticas s�o �teis para planejar pol�ticas p�blicas
Segundo especialistas, ter transpar�ncia e qualidade na divulga��o dos dados sobre infec��es e mortes em decorr�ncia da covid-19 � fundamental para compreender a evolu��o da pandemia. � isso que mostra onde novos casos est�o surgindo, onde a epidemia ainda est� em curva ascendente e onde est� arrefecendo.
Sem clareza e seguran�a sobre esses n�meros, apontam cientistas, � imposs�vel tomar decis�es sobre quais lugares precisam de refor�o para a abertura de leitos de UTI, a oferta de respiradores ou mesmo em quais � poss�vel iniciar os movimentos de abertura do isolamento social.