A Pol�cia Civil investiga o que motivou a discuss�o entre o cirurgi�o dentista Fabr�cio David Jorge, 41 anos, acusado pelo feminic�dio da enfermeira Pollyanna Pereira de Moura, 34. O suspeito esfaqueou a namorada e se matou, no apartamento onde moravam, no primeiro andar do edif�cio My Life Style, em �guas Claras. O crime ocorreu entre a madrugada e a manh� de quinta-feira. A capital federal contabilizou dois homic�dios por discrimina��o de g�nero em julho.
No in�cio da apura��o, agentes da 21ª Delegacia de Pol�cia (Taguatinga Sul) trabalhavam com duas teses para as mortes: duplo homic�dio ou feminic�dio seguido de suic�dio. Ontem, investigadores confirmaram a segunda hip�tese, conforme apurado pelo Correio. Pollyanna levou, pelo menos, 10 facadas, nos ombros, nos bra�os e no abd�men. O dentista, servidor da Secretaria de Sa�de, teve ferimentos no pesco�o, na nuca e na jugular.
Os profissionais da sa�de namoravam h� cerca de um ano e, nos �ltimos meses, passaram a morar juntos. Ficaram isolados em julho, ap�s serem diagnosticados com a covid-19. Eles tinham se curado na doen�a nas �ltimas semanas, e a v�tima chegou a publicar um texto relatando a supera��o da doen�a em perfil no Instagram.
Fabr�cio foi enterrado ontem, no Cemit�rio Parque Jardim das Palmeiras, em Goi�nia. Ele tinha dois filhos, uma adolescente de 15 anos e um menino, de 10. At� o fechamento desta edi��o, n�o havia informa��es sobre o sepultamento de Pollyana. Ela deixou uma filha, de 15 anos.
Para tra�ar um perfil do relacionamento, agentes da 21ªDP seguem coletando depoimentos de familiares e amigos. Eles tamb�m analisam imagens do circuito interno de seguran�a do pr�dio, que mostram o que seria a �ltima vez que a enfermeira foi vista com vida. Segundo apura��o do Correio, na noite de quarta-feira, a profissional da sa�de foi vista deixando o apartamento para encontrar um familiar, que a aguardava pr�ximo � portaria, em um carro. Ela conversou e entregou uma sacola ao homem, e aparentava estar feliz. Ap�s o encontro, a mulher retornou para casa.
Por volta das 4h de quinta-feira, vizinhos escutaram uma briga do casal, al�m de objetos quebrando no apartamento. Apesar disso, ningu�m ligou para a pol�cia. Tamb�m segundo fonte da pol�cia, Pollyana teria levado pelo menos 10 facadas nos bra�os e nos ombros.
Ap�s o feminic�dio, o dentista enviou uma mensagem para um amigo, por volta das 7h, afirmando ter assassinado a enfermeira. Ele, ent�o, teria se matado em seguida. Os corpos passaram por exames no Instituto de Medicina Legal (IML), e os laudos indicar�o as causas das mortes. Os celulares da v�tima e do suspeito ser�o periciados pelo Instituto de Criminal�stica.
Santa Maria
O Distrito Federal confirmou ontem o d�cimo caso de feminic�dio do ano. A v�tima � uma mulher de 25 anos, moradora de Santa Maria. Ela foi morta por estrangulamento pelo marido, de 23 anos. O crime ocorreu em 25 de julho. Inicialmente, o acusado apresentou-se � 33ª Delegacia de Pol�cia (Santa Maria), alegando que a companheira havia sido enfocada durante um ataque, como explicou o delegado adjunto Paulo Fortini. “Ele alegou que tentou intervir, mas foi esfaqueado na axila e na perna. Encaminhamos o suspeito para o atendimento m�dico e para exames no IML. Mas, durante a investiga��o, n�o encontramos nenhuma testemunha que confirmasse a briga, na rua”, contou.
O acusado tornou-se o principal suspeito ao fugir do hospital, antes da alta m�dica. “Depois de alguns dias, ele apresentou-se acompanhado de um advogado e mudou a vers�o. Afirmou que teve envolvimento direto na morte da companheira, durante uma briga, motivada por ci�mes. Alegou que a mulher o teria atacado com uma faca; por isso, aplicou o golpe mata-le�o na v�tima, em leg�tima defesa”, disse o delegado.