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Estado de Minas EXPOSTA

Menina estuprada no Esp�rito Santo pode mudar de identidade e endere�o

Negocia��es j� come�aram entre governo do Esp�rito Santo e a fam�lia da menina que teve autoriza��o da Justi�a para interromper gesta��o


20/08/2020 07:33

Governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, participou do CB Poder(foto: Ed Alves/CB/DA Press)
Governador do Esp�rito Santo, Renato Casagrande, participou do CB Poder (foto: Ed Alves/CB/DA Press)

 


(Por Israel Medeiros*)

 

As tratativas de mudan�a de endere�o e identidade da menina de 10 anos que engravidou ap�s ser estuprada pelo tio, no Esp�rito Santo, j� come�aram.

Foi o que revelou o governador do estado, Renato Casagrande (PSB), em entrevista ao CB.Poder — parceria do Correio e da TV Bras�lia. Segundo ele, o programa de prote��o a v�timas do estado est� � disposi��o da crian�a e da fam�lia.

O caso ganhou repercuss�o nesta semana, ap�s a Justi�a permitir que a garota interrompesse a gesta��o. Confira a seguir os principais trechos da entrevista.

Qual apoio o estado do Esp�rito Santo dar� � crian�a de 10 anos estuprada pelo tio?
O programa de prote��o a v�timas que temos, aqui, no Esp�rito Santo, est� � disposi��o da menina e da fam�lia. Certamente, eles j� estar�o protegidos por esse programa para que a menina possa passar por essa fase de recupera��o psicol�gica e sua vida seja estabilizada. � um programa que d� toda a assist�ncia e � coordenado pelo estado do Esp�rito Santo.

Para garantir o cumprimento da decis�o judicial de interromper a gesta��o, houve obst�culos. Como foi esse processo?
A partir da decis�o do juiz da comarca de S�o Mateus, tomada a partir de uma representa��o do Minist�rio P�blico, o MP e o Poder Judici�rio estiveram em contato com o governo do estado, com a Secretaria de Sa�de, para pedir ajuda no cumprimento da decis�o judicial. E isso foi feito. A princ�pio, buscou-se fazer o procedimento no estado do Esp�rito Santo, mas o hospital n�o se sentiu em condi��es de fazer. Fomos, ent�o, em busca de um hospital de refer�ncia em Uberl�ndia (MG), mas, como os n�meros da covid-19 est�o altos na regi�o, eles acharam que n�o deveriam receber a crian�a. Ent�o, entramos em contato com o doutor Ol�mpio (Moraes, diretor cl�nico do Centro Integrado de Sa�de Amaury de Medeiros – Cisam), no Recife, que a recebeu e fez os procedimentos. Quando conclu�do, n�s viabilizamos o retorno dessa crian�a para o nosso estado.

Como foi a atua��o do Estado nesse caso? Eficiente?
O Estado deve dar apoio � fam�lia e � crian�a, proteg�-la, em especial. Esse � o papel do Estado e, no cumprimento da decis�o judicial, ele tomou todas as medidas necess�rias. Tamb�m tivemos uma a��o muito r�pida da nossa equipe de seguran�a da Pol�cia Civil na busca pelo estuprador. N�s identificamos que ele estava em Betim, Belo Horizonte, e nossa equipe conseguiu alcan��-lo. Agora, est� sob cust�dia no sistema prisional capixaba. O Estado, al�m de proteger a crian�a, precisa fazer justi�a, com um julgamento legal nos termos da Constitui��o dessa pessoa autora desse fato triste e lament�vel. Esse � um fato que teve repercuss�o, mas sabemos que existem crian�as sendo abusadas todos os dias. � um assunto que deve ser denunciado. No caso dela, j� estava sendo abusada havia 4 anos. Em geral, a maioria dos abusos acontece dentro das pr�prias fam�lias, ent�o, � importante que as den�ncias sejam feitas para que a gente possa tomar as provid�ncias contra quem comete esse tipo de crime.

Ap�s a confus�o na porta do hospital onde a crian�a estava internada, provocada por pessoas contr�rias ao aborto, como fica a seguran�a da menina a partir de agora? Ela voltar� para casa?
A crian�a n�o voltar� para casa. O programa de prote��o � v�tima oferta uma outra resid�ncia, tempor�ria e provis�ria, para ela e a fam�lia. O local � sigiloso. Ela ficar� l� at� o processo se estabilizar. Voltar ao normal ap�s o que houve, acredito, � imposs�vel. A dor � muito forte. J� houve conversas sobre isso hoje (ontem) de manh�. � importante a colabora��o da imprensa e o apoio das pessoas nas redes sociais, porque a exposi��o dessa menina � muito ruim. Temos pessoas de todos os povos, e muitas pessoas s�o intolerantes. Existe quem defenda o procedimento e quem n�o defenda, e isso tem gerado tens�es.

A extremista Sara Winter divulgou o nome e informa��es da crian�a, al�m de mobilizar um protesto contra o aborto em frente ao hospital. Como o senhor viu o epis�dio?
Cada um tem que saber da sua responsabilidade e consequ�ncias dos seus atos. A Sara Winter � uma pessoa muito influente nas redes sociais. Ent�o, tudo o que ela faz, ela sabe que tem impacto. E, desta vez, foi grande, tanto que a rede social retirou a postagem do ar. Mas, exp�e a fam�lia e a crian�a. Neste momento, em que usamos tanto as redes sociais, muitas vezes, acreditamos que podemos ir al�m daquilo que a lei nos permite, que podemos passar por cima da prote��o, da inviolabilidade das pessoas. Mas, n�o, as redes s�o como a vida real. Se eu acusar algu�m injustamente, posso, e devo, ser processado. (leia mais na reportagem ao lado)

*Estagi�rio sob a supervis�o de Andreia Castro


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