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Estado de Minas CORONAV�RUS NO BRASIL

Governo de SP diz que morte de volunt�rio n�o teve rela��o com vacina e questiona Anvisa

C�pula paulista n�o divulgou causa do falecimento por quest�o de sigilo, e garantiu que n�o 'disputa lideran�a' na disponibiliza��o de doses da vacina contra o coronav�rus. Documenta��o foi reenviada para que estudos possam ser retomados


10/11/2020 11:59 - atualizado 10/11/2020 13:16

Governo de São Paulo questionou o jeito que a Anvisa tratou a interrupção dos testes clínicos(foto: Divulgação/Governo de São Paulo)
Governo de S�o Paulo questionou o jeito que a Anvisa tratou a interrup��o dos testes cl�nicos (foto: Divulga��o/Governo de S�o Paulo)
Depois de a Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) interromper os estudos cl�nicos da CoronaVac, vacina que est� sendo desenvolvida pela ind�stria Sinovac, em parceria com o Instituto Butantanpor causa de “evento adverso grave”, o governo de S�o Paulo se pronunciou. Na manh� desta ter�a-feira (10), membros da c�pula paulista negaram que o "evento adverso grave" tenha rela��o com a dose aplicada na terceira fase de testes.

O secret�rio estadual de Sa�de de S�o Paulo, Jean Gorinchteyn, e o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, evitaram falar em morte. Apenas o secret�rio-executivo do comit� de conten��o do coronav�rus de S�o Paulo, Jo�o Gabbardo, admitiu que o volunt�rio havia falecido, mesmo assim, sem especificar a causa, por “sigilo e quest�o de �tica”.

Jean Gorinchteyn afirmou ter recebido a not�cia da interrup��o dos testes cl�nicos com 'surpresa' por parte da Anvisa. Gorinchteyn questionou a forma com que o �rg�o tomou tal medida, uma vez que n�o houve uma reuni�o nessa segunda (9) para tratar do tema. As partes se reuniram apenas nesta manh�

“Recebemos, na noite de ontem (segunda-feira), atrav�s da imprensa essa orienta��o, sem que sequer tiv�ssemos tido a possibilidade de, em conjunto, proceder uma an�lise clara e pr�via dos fatos. Isso s� aconteceu em reuni�o virtual do Instituto Butantan com a Anvisa nesta manh�”, disse o secret�rio.

De acordo com Dimas Covas, um 'evento adverso grave' pode n�o ter rela��o direta com a vacina, como por exemplo, um atropelamento. Independente disso, segundo Covas, a Anvisa tem de ser informada sobre o "evento adverso", fato que aconteceu na sexta (6), segundo o diretor, que criticou o �rg�o sobre a condu��o do caso.

“O encaminhamento foi feito no dia 6. Ontem, dia 9, �s 20h40, encaminharam um e-mail ao Butantan, dizendo que haveria uma reuni�o hoje, para tratar do evento adverso grave, mas, ao mesmo tempo, anunciava a suspens�o do estudo. Vinte minutos depois, essa not�cia estava em rede nacional”, afirmou Covas, que reclamou de n�o ter recebido sequer um telefonema da Anvisa.

“N�o recebi nenhum telefonema da Anvisa, da mesma forma que os nossos respons�veis pelo estudo tamb�m n�o receberam. Eles suspenderam o estudo cl�nico. Causar incerteza e medo nas pessoas, fomentar um ambiente que j� n�o � muito prop�cio ao fato dessa vacina ter associa��o com a China. Fomentar esse descr�dito gratuito a troco de qu�? N�o seria mais justo ligar e falar: 'Olha, a reuni�o amanh�, �s 9h, est� marcada para n�s esclarecermos isso'. N�o seria mais justo, �tico e compreens�vel? Enfim...”, lamentou.

Para Covas, � "imposs�vel" o "evento" ter rela��o com a CoronaVac. "Como eu disse, do ponto de vista cl�nico do caso e n�s n�o podemos dar detalhes, infelizmente, � imposs�vel, � imposs�vel que haja relacionamento desse evento com a vacina, imposs�vel, eu acho que essa defini��o encerra um pouco essa discuss�o."

Minutos depois de a coletiva ter sido encerrada, a TV Cultura divulgou que a causa da morte do volunt�rio foi suic�dio. A informa��o foi dada com base em um laudo emitido pelo Instituto M�dico Legal.

Retomada dos estudos


Ainda de acordo com Dimas Covas, toda a documenta��o para que a Anvisa libere a retomada dos estudos foi reenviada ao �rg�o. O diretor do Instituto Butantan diz que espera que os testes sejam liberados o "mais breve poss�vel", mas que o epis�dio poderia ter sido resolvido de forma "administrativa".

"Outros eventos j� aconteceram e foram relatados � Anvisa e foi absolutamente normal. N�o haveria necessidade desse tipo de medida, que poderia ter sido resolvida administrativamente, como foi feito hoje de manh�", destacou.

Sem disputa


Em outubro, um dia depois de o ministro da Sa�de Eduardo Pazuello anunciar a inten��o de compra de doses da CoronaVac, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que n�o iria adquirir a “vacina chinesa”. Desde ent�o, o governador de S�o Paulo, Jo�o D�ria, e o l�der do Pal�cio do Planalto trocam farpas em torno da vacina. Bolsonaro, inclusive, publicou, nesta manh�, em uma rede social, que "havia ganhado de D�ria".

Mas, para Jean Gorinchteyn, n�o h� 'disputa' para ver qual governante vai disponibilizar as doses primeiro. O secret�rio de Sa�de de S�o Paulo tamb�m tranquilizou os volunt�rios que est�o com teste em andamento.

“Tranquilizo a todos os volunt�rios que est�o em curso na fase cl�nica que essa vacina � segura. Estamos a favor da vida, da verdade e da transpar�ncia. N�o havendo nenhuma disputa por vacina ou vacinas, para quem chega primeiro. Estamos lutando e preservando a vida”, concluiu.

Decis�o


A Anvisa afirmou, em nota, que a interrup��o dos estudos tem como base “ocorr�ncia de evento adverso grave” durante os estudos cl�nicos do imunizante contra o novo coronav�rus. Um brasileiro que participava dos testes morreu e as consequ�ncias est�o sendo investigadas.

"Ap�s ocorr�ncia de Evento Adverso Grave a Anvisa determinou a interrup��o do estudo cl�nico da vacina Coronavac. O evento ocorrido no dia 29/10 foi comunicado � Anvisa, que decidiu interromper o estudo para avaliar os dados observados at� o momento e julgar sobre o risco/benef�cio da continuidade do estudo", publicou o �rg�o.


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