A Fiocruz estabeleceu parceria com a biofarmac�utica AstraZeneca, para desenvolvimento e produ��o de vacina originalmente desenvolvida pela Universidade de Oxford.
"Em rela��o ao pleito formalizado pelo TST, vimos informar que toda a produ��o da Fiocruz ser� integralmente destinada ao Minist�rio da Sa�de. A Fiocruz n�o possui autonomia nem mesmo para dedicar parte da produ��o da vacina para a imuniza��o de seus servidores e colaboradores", escreveu o presidente em exerc�cio da Fiocruz, Mario Santos Moreira.
O TST alega que procurou a funda��o para a realiza��o de vacina��o interna com o objetivo de "colaborar e acelerar o processo de imuniza��o da popula��o".
Em of�cio assinado pela presidente do TST, Maria Cristina Peduzzi, a ministra informa � Fiocruz que "tem interesse em realizar campanha de vacina��o dos servidores do TST e do Conselho Superior da Justi�a do Trabalho - CSJT contra a COVID-19.
De acordo com a ministra, a a��o teria dois objetivos principais. "O primeiro � a imuniza��o do maior n�mero poss�vel de trabalhadores de ambos os �rg�os, que desempenham papel fundamental no pa�s e t�m entre suas autoridades e colaboradores uma parcela consider�vel de pessoas classificadas em grupos de risco", escreveu a presidente do TST.
"Adicionalmente, entendemos que a realiza��o da campanha por este Tribunal � uma forma de contribuir com o pa�s nesse momento t�o cr�tico da nossa hist�ria, pois ajudar� a acelerar o processo de imuniza��o da popula��o", acrescentou.
De acordo com a assessoria do TST, a iniciativa segue protocolo j� adotado pelo tribunal, que realiza campanhas de vacina��o contra a gripe anualmente "a fim de reduzir o cont�gio da doen�a no ambiente de trabalho". Os argumentos do TST s�o similares aos usados pelo Supremo e pelo STJ para garantir acesso ao imunizante.
"O TST j� informou que n�o pediu prioridade para aquisi��o de vacinas, apenas manifestou interesse na aquisi��o dentro das diretrizes dos planos de vacina��o", informou o tribunal � reportagem.
Em setembro, a presidente do TST foi infectada pela COVID-19 ap�s participar da cerim�nia de posse do presidente do STF, Luiz Fux, em Bras�lia. A ministra foi transferida de Bras�lia para o Hospital S�rio-Liban�s, em S�o Paulo, ficando internada por 21 dias, mas passa bem.
Autonomia
Ao negar o pedido do Supremo para reservar vacinas para 7 mil pessoas, a Fiocruz alegou que "n�o possui autonomia nem para dedicar parte da produ��o para a imuniza��o de seus servidores". A divulga��o do pedido do STF, revelado pelo Estad�o, abriu uma crise interna da Corte e levou � exonera��o do m�dico Marco Polo Freitas do cargo de secret�rio de Servi�os Integrados de Sa�de da Corte.
Al�m de solicitar as doses para a Fiocruz, o Supremo pediu a reserva de 7 mil doses de vacina ao Instituto Butant�, que ainda n�o enviou resposta.
"Respeito rigorosamente a hierarquia administrativa do Supremo Tribunal Federal. Nesses 11 anos no STF, nunca realizei nenhum ato administrativo sem a ci�ncia e a anu�ncia dos meus superiores hier�rquicos. Continuarei, como m�dico, de corpo e alma, na luta di�ria pela sa�de e bem-estar das pessoas", escreveu Freitas, em resposta enviada por e-mail.
O STF aumentou de 4 mil para 7 mil o n�mero de doses de vacinas contra a COVID-19 que pediu para o Butant� e � Fiocruz reservarem para seus servidores, apontam documentos internos da Corte obtidos pelo Estad�o.
Segundo os pap�is, o m�dico Marco Polo Freitas preparou duas minutas com pedidos de vacina �s duas institui��es. Nas solicita��es, Freitas fazia men��o a uma quantidade menor de imunizantes. No entanto, a vers�o final dos documentos, enviada pelo diretor-geral do STF, Edmundo Veras dos Santos Filho, �s duas institui��es, pede doses para 7 mil pessoas, atendendo uma nova sugest�o do m�dico.