
Em of�cio, o Minist�rio da Sa�de solicitou ao Butantan a entrega imediata de todo estoque de 6 milh�es de doses da Coronavac existentes no estado.
N�o � de hoje, em 10 meses de pandemia do novo coronav�rus, que Bolsonaro e Doria se desentendem sobre a vacina, levando a crise sanit�ria para o plano pol�tico e causando mais tens�o no pa�s, onde se registram mais de 200 mil mortes.
Em 11 de junho, Doria se antecipou e assinou acordo com a Sinovac para produ��o do imunizante. N�o bastou muito, e o presidente da Funda��o Cultural Palmares, S�rgio Camargo, e outros aliados de Bolsonaro, fizeram um apelo para ningu�m tomar a vacina. Mais lenha na fogueira, enquanto as incertezas dominavam o Brasil e as fam�lias choravam a perda de pais, irm�os, filhos e demais entes queridos.
Em setembro, logo ap�s Doria falar sobre a obrigatoriedade da vacina��o no territ�rio paulista, Bolsonaro ironizou chamando o governador de “m�dico do Brasil”. A morte de um dos pacientes do estudo da Coronavac tamb�m foi alvo de cr�ticas do presidente.
No m�s seguinte, o ministro da Sa�de anunciou a compra do imunizante chin�s. Menos de 24 horas depois, a aquisi��o foi desautorizada pelo presidente em live via Instagram. O epis�dio gerou pol�mica entre os governadores polarizando ainda mais a guerra pol�tica.
E tem mais: No in�cio de dezembro, o governo federal divulgou sua estrat�gia para a vacina��o dos brasileiros, excluindo a CoronaVac, o que incentivou o governo paulista a dar uma resposta imediata. Isso foi a deixa para Doria dar o troco, oficializando o programa de vacina��o estadual sem apoio do governo federal.
Agora, com o atraso na remessa do imunizante que vem da �ndia, o clima � de ansiedade nas capitais e interior, onde a capacidade de leitos nos hospitais se esgota rapidamente e o eco dos embates pol�ticos causa mais dor do que promessa de salva��o.