
Jairinho foi o 16º mais votado dentre os 51 vereadores eleitos no Rio no ano passado. Eleito pela primeira vez em 2004, � figura conhecida do Legislativo carioca e filho de um ex-deputado estadual, o policial Coronel Jairo (PSC), que ficou na Assembleia Legislativa de 2003 a 2018.
Integrante do Conselho de �tica da C�mara, a vereadora Teresa Bergher (Cidadania) anunciou que vai pedir ainda nesta quinta-feira o afastamento dele da Casa; o colegiado se re�ne �s 18h. "Precisa ser afastado imediatamente. Pela imagem da Casa, pela credibilidade de cada um de n�s vereadores e por respeito a esta crian�a v�tima de um cruel assassinato e a toda a popula��o que representamos", disse ela.
O vereador chegou a ser l�der do governo de Marcelo Crivella (Republicanos) na legislatura passada. O pai, por sua vez, foi preso em 2018 pela Opera��o Furna da On�a, suspeito de receber mesada para aprovar projetos de interesse do governo de S�rgio Cabral (MDB).
O reduto eleitoral do parlamentar e do pai sempre foi Bangu, na zona oeste do Rio, e seu entorno. Eles s�o, inclusive, apontados como envolvidos com milicianos. A equipe de reportagem do jornal O Dia que foi torturada pela mil�cia na Favela do Batan, no bairro vizinho de Realengo, em 2008, j� afirmou que pai e filho estariam naquela sess�o de tortura. Os desdobramentos da investiga��o n�o foram suficientes para indici�-los.
Foi em Bangu que a pol�cia encontrou Jairinho na manh� desta quinta, apesar dele ter morado por anos na Barra da Tijuca, bairro nobre da zona oeste - onde, inclusive, Henry morreu.
Mensagem do pai de Henry
Poucas horas antes da pris�o do vereador, por volta da meia noite, o pai de Henry publicou um v�deo do menino nas redes sociais com legenda emocionada. "Henry, 30 dias desde que te dei o �ltimo abra�o. Nunca vou esquecer de cada minuto do nosso �ltimo final de semana juntos. Deixar voc� (com a m�e e Jairinho) bem, cheio de vida, com todos os sonhos e vontades de uma crian�a inocente. Desculpe o papai por n�o ter feito mais, lutado mais e protegido voc� muito mais", escreveu. Hoje completa-se um m�s da morte do menino.