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Estado de Minas CRUELDADE

Caso Henry Borel: 4 reviravoltas que mudaram o curso das investiga��es

Fatos, provas e depoimentos novos mudaram o curso das investiga��es sobre a morte de um menino no Rio de Janeiro.


16/04/2021 09:59 - atualizado 16/04/2021 11:13


O vereador Dr. Jairinho (foto) e sua namorada, Monique Medeiros, são investigados pela morte do menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos(foto: Tania Rego/Agência Brasil)
O vereador Dr. Jairinho (foto) e sua namorada, Monique Medeiros, s�o investigados pela morte do menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos (foto: Tania Rego/Ag�ncia Brasil)

As investiga��es em curso sobre a morte do menino Henry Borel Medeiros no Rio de Janeiro tiveram uma nova reviravolta nesta semana, com o an�ncio de contrata��o de novos advogados de defesa por uma das suspeitas.

O caso vem ganhando grande repercuss�o desde pris�es realizadas no come�o deste m�s.

Henry Borel � um menino de 4 anos que morava na Barra da Tijuca (Rio de Janeiro) com sua m�e, Monique Medeiros, e com o namorado dela, o vereador Jairo Souza Santos J�nior, conhecido como Doutor Jairinho.

No dia 8 de mar�o, o menino foi levado para o hospital, mas chegou j� morto. A m�e e o padrasto disseram ter encontrado o menino ca�do em seu quarto, mas uma per�cia posterior revelou que a crian�a morreu por hemorragia interna, v�tima de agress�o.

Os sinais de viol�ncia eram extremos. O laudo do Instituto M�dico-Legal (IML) apontou que o garoto sofreu diversas les�es graves em diversas partes do corpo. A per�cia apontou ainda que a causa da morte foi uma hemorragia interna e uma lacera��o no f�gado causada por uma a��o contundente. Isso levou a pol�cia a descartar um acidente como a causa da morte.

At� o momento, ningu�m foi denunciado pela morte do menino.

Dr. Jairinho e Monique Medeiros foram presos sob suspeita de atrapalhar as investiga��es sobre a morte. A pol�cia diz que tem elementos suficientes para indiciar ambos por provocar a morte de Henry.

Monique Medeiros e Dr. Jairinho negam todas as suspeitas e se dizem inocentes. Em seus depoimentos at� agora, eles dizem que acordaram na madrugada do dia 8 de mar�o e encontraram o menino ca�do no ch�o.

Existe a expectativa de Monique prestar novo depoimento nos pr�ximos dias. Um dos advogados novos da suspeita afirmou que Monique pretende "contar a verdade" sobre o que realmente aconteceu naquele dia.

Confira a seguir algumas das idas e vindas do caso, que segue sendo investigado pela Pol�cia Civil do Rio de Janeiro.

1) Mudan�a de advogados

Monique e Dr. Jairinho vinham sendo representados pelos mesmos advogados — do escrit�rio Fran�a Barreto.

No entanto, nesta semana Monique anunciou a contrata��o de uma nova equipe legal, com os advogados Thiago Minag�, Thais Mattar Assad e Hugo Novais.

Leia tamb�m: advogados do pai de Henry Borel esperam condena��o m�xima para m�e e Jairinho

Na quarta-feira, o escrit�rio Fran�a Barreto emitiu uma nota dizendo que seus advogados continuam defendendo o Doutor Jairinho, mas n�o representar�o mais Monique.

Os advogados do vereador disseram que pautam sua atua��o por "conduta �tica", mas que — diante dos novos advogados contratados por Monique — estavam renunciando ao trabalho com ela para evitar "conflito de interesses".

"(...) Todo o momento os constituintes afirmaram a sua inoc�ncia, motivo pelo qual inexistia impedimento para a defesa conjunta de ambos", diz a nota da Fran�a Barreto.


Monique Medeiros (foto), mãe de Henry, deve prestar novo depoimento em breve(foto: Tania Rego/Agencia Brasil)
Monique Medeiros (foto), m�e de Henry, deve prestar novo depoimento em breve (foto: Tania Rego/Agencia Brasil)

Em declara��es � imprensa, os novos advogados disseram que "a senhora Monique precisa ser ouvida". Segundo Thais Mattar Assad, "at� agora falaram por ela".

"Por incr�vel que pare�a a situa��o � t�o tr�gica que a pris�o da Monique representa, na verdade, sua liberta��o contra a opress�o e o medo", disse a advogada, segundo o portal G1.

Espera-se que Monique Medeiros preste um novo depoimento � pol�cia.

2) Depoimento controverso

A pol�cia vem ouvindo a empregada e uma bab� que trabalhavam com o casal.

A bab� Thayn� de Oliveira Ferreira prestou um primeiro depoimento no qual disse que havia uma rela��o harmoniosa na fam�lia.

No entanto, nesta semana, em depoimento que durou quase 12 horas, a bab� diz ter mentido em seu primeiro depoimento e acusou Monique de orient�-la a omitir brigas do casal que teria presenciado.

"O novo depoimento da bab� foi bastante contundente e minucioso", disse o delegado Antenor Lopes Martins, diretor do Departamento Geral de Pol�cia da Capital ao portal UOL.

"Esse depoimento traz uma vers�o muito ruim para a m�e do Henry."


Reprodução de site criado pelo casal para se defender; eles alegam que Henry sofreu um acidente doméstico(foto: Reprodução)
Reprodu��o de site criado pelo casal para se defender; eles alegam que Henry sofreu um acidente dom�stico (foto: Reprodu��o)

Segundo o delegado, o novo depoimento da bab� � mais compat�vel com a linha que vem sendo usada na investiga��o at� agora e sugere que Monique tentou obstruir o trabalho policial.

Em entrevista coletiva no dia 8 de abril, Lopes afirmou que o celular da m�e de Henry foi uma das pe�as-chave no quebra-cabe�as que se transformou a investiga��o.

"N�s encontramos prints de conversa que foram uma prova extremamente relevante, j� que s�o do dia 12 de fevereiro. E o que nos chamou a aten��o � que era uma conversa que revelava uma rotina de viol�ncia que o Henry sofria."

Segundo o Lopes, um programa de computador israelense permitiu que a pol�cia resgatasse as mensagens. que se podem se tornar provas t�cnicas na apura��o.

"Hoje temos todos os elementos probat�rios e podemos sim afirmar que temos provas que essa crian�a foi assassinada e n�o foi v�tima de um acidente dom�stico", disse Lopes.

3) Mancando

Novos depoimentos prestados esta semana contribu�ram para a pol�cia focar a investiga��o nos dois principais suspeitos.

Um deles, da empregada dom�stica Leila Ros�ngela Souza de Mattos, sugere que Henry Borel j� vinha sendo alvo de viol�ncia dom�stica antes de sua morte.

Em um primeiro depoimento, a empregada disse que n�o sabia de agress�es ao menino. Nesta semana, ela teria dito � pol�cia que viu Henry mancando no dia 12 de fevereiro — quase um m�s antes da sua morte. Segundo ela, o menino havia ficado trancado com Dr. Jairinho por alguns momentos no quarto do casal.

Mattos disse � pol�cia n�o ter ouvido do menino uma queixa de viol�ncia contra o vereador. Henry teria dito que caiu da cama. A empregada relatou uma rotina em que o menino parecia sofrer de medo e ansiedade, com uso de medicamentos.

Segundo a pol�cia, a m�e sabia que o menino sofria agress�es, que inclu�am chutes e golpes na cabe�a.

A pol�cia investiga se tanto a bab� quando a empregada dom�stica foram incentivadas a mentir em seus depoimentos anteriores — j� que apresentaram vers�es completamente diferentes no m�s passado.

Outro depoimento que surgiu nesta semana foi de uma cabeleireira que atendeu Monique no dia 12 de fevereiro. Segundo a pol�cia, ela disse ter ouvido uma chamada de v�deo do menino Henry, no qual ele dizia ter apanhado do vereador. Na sequ�ncia, a cabeleireira disse ter ouvido Monique brigar com Dr. Jairinho pelo telefone.

4) Mensagens apagadas

A pol�cia tamb�m afirma que Monique Medeiros e Dr. Jairinho teriam apagado mensagens de WhatsApp em uma tentativa de obstruir as investiga��es.

Os investigadores usaram um sofisticado programa de computador israelense, que permitiu � pol�cia do Rio de Janeiro desbloquear aparelhos e resgatar mensagens de texto e imagens que teriam sido apagadas dos celulares.

Em entrevista coletiva no dia 8 de abril, o delegado Antenor Lopes afirmou que o celular da m�e de Henry foi uma das pe�as-chave no quebra-cabe�as.

"N�s encontramos prints de conversa que foram uma prova extremamente relevante, j� que s�o do dia 12 de fevereiro. E o que nos chamou a aten��o � que era uma conversa que revelava uma rotina de viol�ncia que o Henry sofria."

Segundo o Lopes, o programa de computador israelense permitiu que a pol�cia resgatasse as mensagens. que se podem se tornar provas t�cnicas na apura��o.

"Hoje temos todos os elementos probat�rios e podemos sim afirmar que temos provas que essa crian�a foi assassinada e n�o foi v�tima de um acidente dom�stico", disse Lopes.

A pol�cia espera esclarecer algumas dessas vers�es nos pr�ximos dias, com novo depoimento de Monique Medeiros esperado para esta semana.


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