
Na carta, o religioso cita "a loucura humana que levou ao massacre do pequenito Henry Borel". O documento foi entregue a uma parente de Leniel que mora em Portugal depois que ela escreveu ao Papa contando sobre o que aconteceu com a crian�a.
O papa pede que Leniel e m�e dele, Noeme, n�o se contaminem pelo �dio e se recusem a odiar aqueles que lhes fizeram mal.
"O Santo Padre conta com Leniel e Noeme para contrastar a cultura da indiferen�a e do �dio que sente crescer ao seu redor, n�o se deixe contaminar pelo �dio, transformando-se a sua imagem e semelhan�a. Seja do n�mero das pessoas que se recusam a entrar no circuito do �dio, que se recusam a odiar aqueles que lhes fizeram mal, dizendo-lhes: 'N�o tereis o meu �dio'. Desde modo, ajudar� a parar o mal, como fez Abra�o quando pediu a Deus para n�o exterminar os justos com os culpados", diz trecho da carta que foi assinada pelo Monsenhor Luigi Roberto Cona, assessor para Assuntos Gerais da Secretaria do Vaticano.

Ao Extra, Leniel disse que as palavras do Papa forma um conforto em um momento t�o dif�cil. "No momento mais dif�cil de nossas vidas, as palavras de amor e solidariedade transmitidas pelo Papa Francisco nos fortalecem na f� e nos apoiam ainda mais a sermos imitadores de Cristo. A carta que recebemos s� ratifica que estamos no caminho certo de se opor ao sentimento de vingan�a, �dio e indiferen�a, n�o nos indignando de forma alguma para fazer o mal. Henry com certeza est� feliz que n�o estamos nos vencendo pelo mal, mas vencendo o mal com o bem", disse.
Caso Henry Borel
Henry Borel morreu em 8 de mar�o com v�rias les�es pelo corpoe hemorragia no f�gado. A m�e de Henry, Monique Medeiros, e o padrasto, o vereador afastado Dr. Jairinho, est�o presos preventivamente. Os dois foram denunciados por homic�dio duplamente qualificado, com impossibilidade de defesa da v�tima, e tortura.. Eles negam o crime.
As investiga��es apontam que a crian�a vinha sendo agredida pelo padrasto antes mesmo da noite do crime e a m�e da crian�a tinha conhecimento disso.