
n�o temos motivos para comemorar, apenas para lamentar. 500 mil mortes, 500 mil vidas que se foram, 500 mil fam�lias que hoje sofrem a aus�ncia, a saudade e a tristeza", diz a m�dica. No v�deo, ela tamb�m elenca uma s�rie de erros cometidos pela pasta - desde o in�cio da pandemia - que contribu�ram para que o pa�s alcan�asse o elevado n�mero de �bitos, se tornando o segundo no mundo com maior quantidade de v�timas da COVID-19, atr�s apenas dos Estados Unidos.
"Infelizmente, hoje, "Erro n�mero um: n�o houve e n�o h� uma a��o centralizada, sist�mica, no sentido de organizar um plano de combate � pandemia da covid-19. N�o h� um Minist�rio da Sa�de eficiente, que se preocupe com a vida das pessoas, que centralize numa gest�o t�cnica, numa gest�o que modifique a vida das pessoas, que modifique as pol�ticas de sa�de p�blica no nosso pa�s".
A fala da m�dica chama aten��o pois, em mar�o deste ano, Ludhmila foi cotada para assumir o Minist�rio da Sa�de no lugar do general e ex-ministro Eduardo Pazuello. No entanto, a cardiologista negou o convite ao afirmar que sua carreira foi sempre pautada na ci�ncia. Com a recusa, o presidente da Rep�blica buscou um outro nome e nomeou em mar�o o tamb�m cardiologista Marcelo Queiroga para assumir a pasta, como o quarto ministro da Sa�de do governo Bolsonaro.
Papel da ci�ncia
No v�deo, ela destaca o papel da ci�ncia no combate � pandemia da COVID-19. “De uma maneira �nica a ci�ncia deu respostas imediatas e em menos de um ano do in�cio da pandemia, em dezembro, na China, o mundo conseguiu descobrir vacinas eficientes”, ressaltou.
No entanto, a m�dica aponta que houve atraso na busca pelos imunizantes por parte do Brasil, que, segundo ela, subestimou a gravidade da doen�a. “Os negacionistas comemoram que 86 milh�es de vacinas foram distribu�das, mas n�o adianta porque n�s temos menos de 12% da popula��o que recebeu as duas doses da vacina. � pouco”, disse.
Politiza��o
Ludhmila ainda criticou a politiza��o da COVID-19. “Essa doen�a n�o � da esquerda e nem da direita”, pontuou. A m�dica tem postura favor�vel ao isolamento social como forma de combater o avan�o do novo coronav�rus e j� criticou o uso da cloroquina e bandeiras que contrastam diretamente com o que defende o presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro, desde o in�cio da pandemia.
Para ela, � necess�rio combater o negacionismo para vencer a pandemia da COVID-19. “N�o � o momento de elei��o, n�o � momento de campanha, n�o � momento de passeata e nem de motociata”, disse, se referindo �s aglomera��es que Bolsonaro j� promoveu.
Logo ap�s, a m�dica criticou diretamente o presidente. “N�s temos um presidente que n�o liga para as vacinas, que n�o se vacinou, que fala que a vacina vai transformar a pessoa em jacar�. Isso tudo leva para as pessoas inseguran�a e abre espa�o para as fake news”, repreendeu.