Ex-secret�rio critica chance de encerramento do uso da Coronavac no Brasil
Para o ex-secret�rio de Vigil�ncia do Minist�rio da Sa�de, Wanderson de Oliveira, ideia � um desservi�o para todo o Programa Nacional de Imuniza��o (PNI)
(foto: Marcello Casal JrAg�ncia Brasil - 31/3/20)
Ap�s o Correio Braziliense noticiar que o Minist�rio da Sa�de estuda suspender o uso da CoronaVac no Brasil, epidemiologistas e especialistas em sa�de criticaram a medida. O ex-secret�rio de Vigil�ncia em Sa�de do Minist�rio da Sa�de Wanderson de Oliveira afirmou, em entrevista ao Correio, que a conduta do minist�rio � um desservi�o para todo o Programa Nacional de Imuniza��o (PNI).
“� um desservi�o para todo Programa Nacional de Imuniza��o porque gera desconfian�a, e isso nunca � bom em um processo de emerg�ncia como o que n�s estamos”, disse Wanderson ao ser questionado sobre a inten��o do ministro Marcelo Queiroga, que alegou a interlocutores, segundo apurou a reportagem, que existem muitos casos de pessoas que tomaram a CoronaVac e foram infectados mesmo ap�s as duas doses.
O ex-secret�rio, que � epidemiologista e secret�rio de Servi�os Integrados de Sa�de do Supremo Tribunal Federal, contesta a alega��o do ministro e diz que um levantamento feito com dados do pr�prio Minist�rio da Sa�de, acessados por meio do sistema OpenDataSus, mostra que a vacina CoronaVac � a que mais protege contra casos graves da COVID-19. Segundo o levantamento, ela previne 97% das mortes de pessoas infectadas.
Ele refor�a que o Minist�rio da Sa�de tem direito de discutir uma estrat�gia para a imuniza��o dos brasileiros, mas aponta que a inten��o de descontinuar o uso da CoronaVac no Brasil neste momento � precipitada. “Do ponto de vista de comunica��o � um desastre. [..] O contrato [com o Butantan] est� em curso e ainda tem muita vacina para ser entregue. Al�m disso, a CoronaVac acabou de ser aprovada pela OMS”, pondera.
O Butantan j� entregou 52,2 milh�es de doses da CoronaVac ao governo federal. Ao todo, o contrato firmado com o Minist�rio da Sa�de prev� a entrega de 100 milh�es de unidades da vacina contra a COVID-19.
Idosos
Segundo exposto pela reportagem, Queiroga se preocupa com a efic�cia da vacina em idosos, por isso, a inten��o seria adquirir apenas as doses que j� foram contratadas, e refor�ar aquisi��es das vacinas da AstraZeneca e da Pfizer. No entanto, para Wanderson, a atitude se mostra mais uma vez precipitada.
“N�o temos estudo para ver se quem tomou CoronaVac a menos de seis meses pode tomar uma dose da Pfizer, por exemplo”, explica.
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