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Estado de Minas SUPERFATURAMENTO

Ministro do TCU diz que h� 'quest�es nebulosas' no contrato da Covaxin

Governo brasileiro assinou termo de compra, de R$ 1,6 bilh�o, para adquirir 20 milh�es de doses de vacina ainda sem aval da Anvisa para estudo fase 3 no Brasil


23/06/2021 19:56 - atualizado 23/06/2021 20:11

Bruno Dantas afirmou que não queria fazer juízo de valor, mas admitiu haver a necessidade de esclarecimentos sobre o contrato(foto: Ed Alves/CB/D.A Press - 1/4/19)
Bruno Dantas afirmou que n�o queria fazer ju�zo de valor, mas admitiu haver a necessidade de esclarecimentos sobre o contrato (foto: Ed Alves/CB/D.A Press - 1/4/19)
O ministro do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) Bruno Dantas disse nesta quarta-feira (23/6), em sess�o do plen�rio do tribunal, que “quest�es nebulosas” em rela��o ao contrato do governo brasileiro para aquisi��o de 20 milh�es de doses da Covaxin a R$ 1,6 bilh�o, precisam ser esclarecidas.

A vacina � do laborat�rio indiano Bharat Biotech, representada no Brasil pela Precisa Medicamentos, e que assinou o contrato com o Minist�rio da Sa�de representando o laborat�rio.

Dantas afirmou que o tema “encontra envolto num emaranhado de quest�es nebulosas”. “Trata-se de um assunto que precisa ser esclarecido. N�o vai aqui qualquer pr�-julgamento, mas as quest�es nebulosas que cercam esse contrato precisam ser esclarecidas”, disse.

O ministro, ent�o, elogiou o colega Benjamin Zymler, com quem est� o caso, e pontuou que tranquiliza a todos saber que “o tema tem recebido aqui no tribunal a prioridade que merece”.

“Eu cheguei a conversar com alguns outros colegas e eu sei que � preocupa��o de todos n�s”, disse. Antes da interven��o de Dantas, a presidente do TCU, Ana Arraes, leu um comunicado com esclarecimentos acerca da representa��o sobre poss�veis irregularidades no contrato para aquisi��o da Covaxin, que est� com Zymler.

O TCU informou que, em 31 de mar�o deste ano, o relator Zymler autorizou a realiza��o de dilig�ncia junto ao Minist�rio da Sa�de para que fossem apresentadas uma s�rie de informa��es, como se “as investiga��es pret�ritas contra a contratada e sua s�cia, a Global Gest�o em Sa�de S.A., chegaram ao conhecimento do Minist�rio da Sa�de e se foram consideradas na gest�o dos riscos da contrata��o; se foi realizada alguma negocia��o do pre�o de aquisi��o inicial proposto pela Bharat Biotech; e se foi realizado algum comparativo com o pre�o contratado da mesma vacina em outros pa�ses.

Ana Arraes explicou que o minist�rio respondeu ao TCU em 14 de maio e que a documenta��o est� nos autos, "em an�lise por �rea t�cnica, com a prioridade que o caso requer”.

A Covaxin est� na mira n�o s� do TCU, mas tamb�m da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da COVID-19, no Senado, e do Minist�rio P�blico Federal.

Abertura de investiga��o


Nessa ter�a-feira (22), veio a p�blico um despacho, datado de 16 de junho, da procuradora da Rep�blica Luciana Loureiro Oliveira, no qual ela aponta suspeitas em rela��o �s negocia��es do governo federal na aquisi��o da vacina Covaxin.

Luciana Loureiro pede abertura de investiga��o espec�fica sobre as negocia��es. Ela ressalta que, apesar de o contrato prever entrega de 20 milh�es de doses at� 70 dias ap�s a assinatura do contrato (25 de fevereiro), isso n�o ocorreu.

Tampouco houve atitude corretiva, por parte do governo, para a execu��o do contrato.

“Somada ao hist�rico de irregularidades que pesa sobre os s�cios da empresa Precisa e ao pre�o elevado pago pelas doses contratadas, em compara��o com as demais, torna a situa��o carecedora de apura��o aprofundada, sob duplo aspecto c�vel e criminal, uma vez que, a princ�pio, n�o se justifica a temeridade do risco assumido pelo Minist�rio da Sa�de com essa contrata��o, a n�o ser para atender a interesses divorciados do interesse p�blico”, pontuou.

Ap�s o despacho, abriu-se uma not�cia de fato no 11º Of�cio de Combate ao Crime e � Improbidade Administrativa.

A procuradora ressaltou que “apurou-se que a empresa tem, entre suas s�cias, a Global Sa�de”. A empresa, segundo a procuradora, h� pouco mais de tr�s anos, negociou um contrato “para venda de medicamentos ao Minist�rio da Sa�de mas n�o os entregou, causando preju�zos a centenas de pacientes dependentes de medicamentos de alto custo, e preju�zo de mais de R$ 20 milh�es ao er�rio, ao que consta ainda n�o ressarcidos”.

O caso provocou a abertura de a��o de improbidade administrativa contra o ent�o ministro da Sa�de Ricardo Barros (PP-PR), atual l�der do governo na C�mara dos Deputados, e de outros servidores, que t�m um inqu�rito policial em curso.


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