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Ele vinha sendo ca�ado havia 20 dias, depois de assassinar uma fam�lia em Ceil�ndia (DF). O corpo passou por per�cia e desde a noite de segunda est� liberado para sepultamento.
O prazo para a retirada do cad�ver � de 30 dias, ap�s o qual L�zaro poder� ser enterrado como indigente, em cova comum. Familiares, no entanto, ainda assustados com a repercuss�o do caso, estariam esperando alguns dias para evitar poss�vel rea��o de moradores durante o sepultamento.
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O IML funciona de forma ininterrupta e o corpo pode ser retirado inclusive durante a noite. A expectativa � de que o cad�ver seja levado para sepultamento em Edil�ndia, bairro rural de Cocalzinho de Goi�s, onde est� sepultado um irm�o de L�zaro.
Uma tia do falecido, Zilda Maria de Sousa, disse que a m�e de L�zaro gostaria de realizar o vel�rio e sepultamento em Barra dos Mendes, no interior da Bahia, onde ele nasceu e onde ainda mora a maior parte da fam�lia. No entanto, a fam�lia n�o tem recursos para o translado. Segundo a tia, muitos familiares n�o ir�o ao vel�rio, em Goi�s, por medo de serem linchados pela popula��o ou por parentes das v�timas.
Pol�cia continua investigando se L�zaro recebe ajuda durante fuga
Ap�s a morte de L�zaro, as investiga��es prosseguem para apurar se ele recebeu ajuda durante a fuga e, tamb�m, se ele foi mesmo o autor de outros crimes atribu�dos ao 'serial killer'. De acordo com o secret�rio da Seguran�a P�blica de Goi�s, Rodney Miranda, foram colhidas amostras de DNA do criminoso morto para comparar com amostras coletadas das supostas v�timas dele. Ainda se apura a origem dos R$ 4,4 mil encontrados com ele.
Existe a suspeita de que alguns crimes de L�zaro possam ter sido encomendados. Ainda n�o se sabe a motiva��o, por exemplo, para o massacre da fam�lia Vidal, no dia 9, em Ceil�ndia (DF). O suspeito invadiu a casa e matou o empres�rio Cl�udio Vidal, de 48 anos, e os dois filhos dele, Gustavo, de 21, e Carlos Eduardo, de 15. A esposa do empres�rio e m�e dos garotos, Cleonice Marques, de 43 anos, foi sequestrada e encontrada morta tr�s dias depois.
Dias antes, L�zaro matou um caseiro em Cocalzinho, com o modus operandi de uma execu��o. Ele invadiu a propriedade, encapuzado e com colete � prova de balas, cometeu o crime e fugiu sem levar nada.
A delegacia regional da Pol�cia Civil de �guas Lindas de Goi�s aguarda a chegada do laudo da per�cia realizada no IML para abrir o inqu�rito sobre a morte de L�zaro.
O laudo, que fica pronto em dez dias, deve apontar quantos tiros atingiram o corpo, os �rg�os atingidos e a dire��o tomada pelos proj�teis. A investiga��o deve apontar tamb�m se houve excesso dos policiais, como eventuais disparos contra o cad�ver. O inqu�rito ser� acompanhado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Cocalzinho de Goi�s retoma clima pacato
No cen�rio da ca�ada a L�zaro, uma �rea de 60 quil�metros entre Cocalzinho e �guas Lindas de Goi�s, o clima pacato voltava a reinar nesta ter�a-feira. As barreiras da Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF) na BR-070, que liga as duas cidades, foram retiradas.
No distrito de Girassol, em Cocalzinho de Goi�s, as tropas da pol�cia goiana que fizeram o cerco a L�zaro j� deixaram o povoado e a vida da popula��o voltava ao normal. Moradores que tinham abandonado ch�caras e s�tios, com medo do ‘serial killer’, come�aram a voltar para cuidar dos animais e planta��es.
Conforme a Secretaria da Seguran�a P�blica de Goi�s, L�zaro era investigado por mais de trinta crimes cometidos em Goi�s, Bahia e Distrito Federal. Ele havia sido preso duas vezes e nas duas conseguiu fugir da pris�o.
Durante a ca�ada, o criminoso invadiu propriedades rurais, fez tr�s pessoas ref�ns e baleou quatro, entre elas um policial militar. Ele j� havia sido condenado por homic�dio no estado da Bahia. Tamb�m era procurado por roubo, estupro e porte ilegal de arma. Entre os investigados por suposta ajuda ao criminoso est� o fazendeiro Elmi Caetano Evangelista, de 74 anos, preso na quinta-feira, 24. A defesa dele disse que Elmi nega a acusa��o.