
Luana n�o havia prestado depoimento, mas os investigadores acreditam que ela teria colaborado com o fugitivo. Testemunhas ouvidas pela pol�cia alegaram que L�zaro chegou � casa da ex na noite de s�bado (27/6), n�o no domingo (27/6), como ela havia informado �s equipes das for�as de seguran�a. Com as apura��es em Goi�s, os agentes tamb�m chegaram a novos nomes que podem ter agido com o criminoso antes, durante e depois de assassinar a fam�lia.
At� ter�a-feira (30/6), A fuga de L�zaro durou 20 dias. Ele foi morto na manh� de segunda-feira (28/6), durante confronto com uma equipe de 10 policiais. O boletim de ocorr�ncia detalha que os homens dispararam 125 tiros enquanto o foragido estava atr�s de um arbusto, em uma mata fechada. As equipes do Batalh�o de Pol�cia de Choque (BPChoque) e do Comando de Opera��es de Divisas (COD) chegaram a �guas Lindas depois de receberem den�ncias por parte de moradores da regi�o. Mais cedo, de madrugada, o grupo viu L�zaro, mas ele conseguiu fugir para uma �rea de vegeta��o densa e atravessar um rio.
As equipes percorreram 5km a partir desse local e se dividiram para seguir o curso d'�gua. Ap�s percorrer 1,5km mata adentro, uma parte dos policiais encontrou L�zaro. Ele saiu do rio e correu na dire��o de um arbusto, supostamente, para fugir do radar de um helic�ptero que sobrevoava a regi�o. Em seguida, segundo a ocorr�ncia, o fugitivo teria atirado diversas vezes contra as equipes, que n�o conseguiram localizar o alvo. “Depois de nos abrigarmos, foi poss�vel identificar que os disparos vinham, incessantemente, de dentro de uma esp�cie de arbusto bem fechado”, descreveram os militares no relato.
As equipes informaram � Pol�cia Civil que pediram para L�zaro soltar a arma e se entregar, mas o fugitivo n�o recuou. Nesse momento, come�ou uma “intensa” troca de tiros entre as equipes e o foragido. Ao fim do tiroteio, o grupo se aproximou e encontrou L�zaro com uma mochila. Ele tinha duas armas: um rev�lver calibre 38 com seis balas usadas e uma pistola com toda a muni��o descarregada. O documento n�o detalha se L�zaro foi encontrado ca�do. A informa��o divulgada oficialmente foi de que ele estava vivo. Contudo, o foragido levou 39 tiros durante a a��o.
Alguns moradores da regi�o onde houve o confronto relataram que militares em um helic�ptero tamb�m dispararam contra L�zaro. Por�m, n�o h� informa��es no boletim sobre quantos tiros teriam partido da equipe na aeronave. Questionada, a Secretaria de Seguran�a P�blica de Goi�s (SSP-GO) n�o se posicionou at� o fechamento desta edi��o.
Testemunhas
Uma das vizinhas de Luana contou ao Correio que quase teve a casa invadida por L�zaro na noite de domingo. A testemunha, que n�o quis se identificar, relatou que, por volta das 20h, recebeu uma mensagem dos irm�os. Eles avisaram que L�zaro tentava entrar no im�vel da fam�lia. “Enviaram para mim: ‘Socorro, o L�zaro est� aqui’. Meu marido e eu descemos desesperados, ligando para a pol�cia. Quando chegamos de carro, ele (L�zaro) se abaixou e se escondeu atr�s de umas manilhas”, disse a entrevistada.
O epis�dio ocorreu em uma estrada de terra batida, ao lado de uma �rea com mata fechada, para onde L�zaro fugiu. “Aqui (em Itamarac�, bairro de �guas Lindas) sempre foi um local muito tranquilo, mas, ontem (segunda-feira), senti muita afli��o. Nunca houve um movimento t�o grande, e ainda temos receio”, completou.
O irm�o da testemunha pensou em conversar com L�zaro: “Tinha certeza de que ele n�o faria nada se n�o fiz�ssemos nada com ele. Eu o vi descer, virar e entrar nos matos. Na hora, pensei em cham�-lo para ver o que queria. Eu o conhecia de outras �pocas, quando ele morava nesta mesma rua com o irm�o que morreu. A gente pegava emprestada �gua da casa deles e nunca deu problema”, contou. O entrevistado acrescentou que desistiu do di�logo ao perceber que o foragido estava armado. “Corri para casa e mandei minha tia chamar a pol�cia. Eles (policiais) chegaram por volta das 9h40”, detalhou.
Na manh� dessa ter�a-feira (30/6), a reportagem do Correio percorreu parte da trilha por onde L�zaro teria passado. O trecho � sinuoso e de vegeta��o densa, com valas, cobras, nascentes, pontes e fica mais dif�cil de completar � medida que a mata avan�a. Alguns moradores sentem medo do aparecimento de poss�veis criminosos associados a L�zaro. “(O fim das buscas) n�o deu muito al�vio, porque a hist�ria n�o foi resolvida. N�o sabemos o que est� por tr�s nem o que pode acontecer. Os comparsas podem querer revidar. A apreens�o continua”, finalizou.
O que falta descobrir
» L�zaro agiu sozinho ao matar os quatro integrantes da fam�lia Marques Vidal?
» O assassinato teria sido encomendado?
» Al�m de ter trabalhado na fazenda de Elmi Caetano Evangelista, L�zaro fez
outros trabalhos para o chacareiro que o abrigou durante a fuga?
» H� outros suspeitos de ajudar L�zaro a escapar?
» Em quais ocasi�es outras pessoas podem ter contribu�do com o fugitivo?
» Quais as poss�veis motiva��es do grupo criminoso que estaria por tr�s das
a��es de L�zaro?