
As duas sociedades m�dicas defendem que "o n�mero de mortes e hospitaliza��es que ser�o evitadas caso mais pessoas recebam a primeira dose, em especial em um cen�rio de estoques de vacinas limitados, supera substancialmente os eventuais preju�zos acarretados pelo prazo estendido".
A segunda dose das vacinas Pfizer e AstraZeneca no Brasil tem sido aplicada com intervalo de 12 semanas em rela��o � primeira. A bula da AstraZeneca prev� que o prazo pode ser de quatro a 12 semanas, enquanto a da Pfizer recomenda o intervalo de ao menos 21 dias.
Para atingir o maior n�mero de vacinados com a primeira dose de forma mais r�pida, pa�ses como o Brasil e o Reino Unido adotaram o prazo de 12 semanas para ambas. O Canad� estendeu esse prazo at� quatro meses para a vacina da Pfizer, enquanto Fran�a e Alemanha adotaram seis semanas de intervalo.
A chegada da variante Delta ao Brasil e a possibilidade de ela se espalhar rapidamente, por�m, levou alguns estados a reduzirem o intervalo para oito semanas, buscando completar de forma mais c�lere o esquema vacinal das pessoas que j� receberam a primeira dose. O estado do Rio de Janeiro foi um dos que adotou essa recomenda��o para a vacina AstraZeneca, anunciada hoje pelo governador, Cl�udio Castro. A capital fluminense, por�m, optou por manter o intervalo em 12 semanas.
A SBIm e a SBP refor�am que a decis�o de estender o prazo at� 12 semanas conta com o apoio da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), que recomenda que os pa�ses com alta incid�ncia de casos e restri��es no acesso � vacina se concentrem em alcan�ar a maior cobertura poss�vel com a primeira dose.
"� evidente que, num cen�rio em que n�o houvesse estoque limitado de doses, a estrat�gia de postergar a segunda dose das vacinas poderia ser reavaliada, no entanto, infelizmente, este n�o � o caso do Brasil e de muitos outros pa�ses neste momento", diz a nota.
As sociedades m�dicas apresentam estudos realizados na Esc�cia, na Inglaterra e no Canad�, que mostram que a primeira dose dessas duas vacinas j� teve impacto nas hospitaliza��es e mortes por COVID-19.
Na Esc�cia, a primeira dose da AstraZeneca teve efetividade de 88% contra hospitaliza��es, enquanto a da Pfizer, de 91%, ambas observadas 34 dias ap�s a aplica��o. No Canad�, o estudo citado mostra ainda que a efetividade da primeira dose da Oxford/AstraZeneca contra hospitaliza��es ou mortes causadas pela variante Delta chegou a 88%, enquanto a da Pfizer, a 78%. J� na Inglaterra, pesquisadores identificaram que, tr�s semanas ap�s a primeira dose dessas vacinas, adultos infectados com o SARS-CoV-2 tiveram menos chances de transmitir o v�rus para seus contatos domiciliares.
Apesar das pondera��es, a SBIm e a SBP refor�am a import�ncia da segunda dose e seu "inequ�voco benef�cio" na prote��o contra a covid-19. A nota reconhece que seria desej�vel oferecer a prote��o adicional conferida pela segunda dose poucas semanas ap�s a primeira dose e recomenda a ado��o de mecanismos para aumentar a ades�o � segunda aplica��o, como agendamento, busca ativa e registros eletr�nicos.
"Do ponto de vista program�tico e de sa�de p�blica, a decis�o da extens�o do intervalo entre as doses, em cen�rios de escassez de vacinas, tem como motivador a antecipa��o da prote��o de maior parcela da popula��o e consequente redu��o das mortes, hospitaliza��es e morbidade associada a esta doen�a. Os modelos de impacto e efetividade dessa estrat�gia demonstram benef�cios associados � extens�o do intervalo da vacina��o em todos os cen�rios avaliados", recomenda as sociedades m�dicas.
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