
O movimento foi antevisto pela defesa de Galo. Ao jornal "O Estado de S. Paulo", o advogado Andr� Lozano Andrade, respons�vel pela defesa do ativista, disse que houve um atraso deliberado na expedi��o do alvar� de soltura at� que fosse decretada a pris�o preventiva, que n�o tem prazo determinado.
"N�o h� qualquer motiva��o, al�m de pol�tica, para a manuten��o de sua pris�o na modalidade preventiva. Isso � uma afronta ao estado democr�tico de direito", diz um nota publicada nas redes sociais da Galo.
Opini�o sem medo: O Brasil maltrata o Brasil. N�o foi o Borba Gato que queimou; fomos n�s
Com a decis�o da Justi�a paulista, a liminar do ministro Ribeiro Dantas, do STJ, perdeu o efeito, uma vez que valia apenas para a pris�o tempor�ria. Ao mandar soltar o ativista, o ministro disse que n�o havia 'raz�es jur�dicas convincentes e justas' para manter a deten��o. Galo est� preso desde o dia 28 de julho, quando se apresentou espontaneamente na delegacia e admitiu participa��o no ato.
"Quero deixar registrado que n�o entendo ser desvestida de gravidade a conduta do paciente. A tentativa de reescrever a Hist�ria depredando ou protestando contra monumentos, portanto patrim�nio p�blico, atualmente uma verdadeira onda pelo mundo, deve ser repelida com veem�ncia. Deve-se buscar fazer Hist�ria (ou escrev�-la, ou at� tentar reescrev�-la) com conquistas e avan�os civilizat�rios, pela educa��o e pela luta por direitos, mas dentro das balizas da ordem jur�dica e da democracia", ressalvou Dantas.
Depois da liminar do STJ, a Pol�cia Civil enviou um relat�rio parcial do inqu�rito � Justi�a e pediu a manuten��o da pris�o de Galo e a deten��o de outros dois investigados no caso. Na avalia��o da ju�za, as provas colhidas apontam para a materialidade dos crimes.
O inc�ndio aconteceu na tarde do �ltimo dia 24 e n�o houve registros de feridos. Um grupo chamado Revolu��o Perif�rica postou fotos e v�deo do monumento em chamas nas redes sociais. Em uma das imagens � poss�vel ver os pneus j� pegando fogo com pessoas vestidas de preto e uma faixa com o nome do grupo e a frase: "A favela vai descer e n�o ser� Carnaval".
Quando se entregou � pol�cia, Galo afirmou que o inc�ndio foi provocado para "abrir o debate". Nas redes sociais o protesto levantou novamente a discuss�o sobre o papel de Borba Gato na escravid�o de ind�genas e negros no Brasil. "Para aqueles que dizem que a gente precisa ir por meios democr�ticos, o objetivo do ato foi abrir o debate. Agora, as pessoas decidem se elas querem uma est�tua de 13 metros de altura de um genocida e abusador de mulheres", disse o ativista.