
O Boletim do Observat�rio COVID-19 da Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado hoje (17), indica que a taxa de ocupa��o de leitos de UTI de COVID-19 para adultos se encontra no melhor cen�rio desde que foi iniciado o monitoramento do indicador. Apenas uma capital est� com taxa superior a 80%: o Rio de Janeiro (82%). Duas est�o na zona de alerta intermedi�ria: Boa Vista (76%) e Curitiba (64%).
Segundo o levantamento, o n�mero de casos e de �bitos sofreu a maior queda desde o in�cio deste ano. Foram registradas 12 semanas consecutivas de diminui��o do n�mero de mortes, com redu��o de 3,8% ao dia na �ltima Semana Epidemiol�gica (SE 36).
O total de casos tamb�m apresenta tend�ncia de redu��o, mas com oscila��es ao longo das �ltimas 12 semanas. Foi registrada uma m�dia de 15,9 mil casos e 460 �bitos di�rios na semana epidemiol�gica de 5 a 11 de setembro. De acordo com a Fiocruz, esses n�veis ainda s�o considerados altos e geram preocupa��o diante da manuten��o dos testes positivos para a doen�a.
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Conforme destacam os pesquisadores do observat�rio, a vacina��o n�o tem avan�ado de forma igual no pa�s e sofre com o atraso do registro. “Em fun��o dessa disson�ncia, pode apresentar falhas por v�rios motivos, tais como a descontinuidade de investimento em equipes e infraestrutura nos sistemas de registro em sa�de”.
De acordo com a an�lise, a redu��o dos casos e �bitos parece ser sustentada, mas o cen�rio atual mostra que, uma vez beneficiada de forma mais homog�nea com a vacina��o, a popula��o tende a ter relativamente mais casos graves e fatais entre idosos, concentrando-os novamente nas idades mais avan�adas.
Segundo a Fiocruz, ap�s o in�cio da vacina��o entre adultos jovens, � a primeira vez em que a mediana dos tr�s indicadores – interna��es gerais, interna��es em UTI e �bitos – est�o novamente acima dos 60 anos. Isto significa que mais da metade de casos graves e fatais ocorrem entre idosos. No total, 54,4% das interna��es e 74,2% dos �bitos ocorrem entre idosos.
Outro tema destacado no boletim � a import�ncia do distanciamento f�sico. Os cientistas afirmam que o patamar de cobertura razo�vel para conseguir bloquear a circula��o do v�rus � de pelo menos 70% de pessoas com esquema vacinal completo. “Ainda est� longe do que temos hoje. Isto significa dizer que outras medidas de mitiga��o ainda possuem absoluta import�ncia para o Brasil”.
Delta
A pesquisa ressalta ainda que � fundamental que se alinhem os cronogramas de vacina��o, sobretudo em munic�pios lim�trofes, para evitar migra��o desnecess�ria de pessoas em busca de imunizantes, propiciando, consequentemente, a dispers�o do v�rus em um cen�rio de circula��o de uma nova variante mais infecciosa.
“A circula��o da variante Delta � um agravante no cen�rio atual, principalmente porque, em alguns locais, o processo de reabertura se torna cada vez mais acelerado e menos criterioso. No entanto, os imunizantes t�m demonstrado sua efici�ncia, reduzindo o n�mero de interna��es e �bitos, mesmo num cen�rio de alta de casos. Entretanto, o comportamento da popula��o e as decis�es dos gestores podem ainda criar um cen�rio ca�tico, que pode ser amplificado em fun��o do surgimento de novas variantes mais infecciosas e com maior potencial de transmiss�o”, dizem os pesquisadores.
Imuniza��o
Segundo dados do MonitoraCOVID-19, compilados com base nas informa��es das secretarias estaduais de Sa�de, no Brasil cerca de 214 milh�es de doses de vacinas foram administradas. Isso representa a imuniza��o de 86% da popula��o com a primeira dose e 47% da popula��o com o esquema de vacina��o completo, considerando a popula��o adulta (acima de 18 anos).
Com exce��o de Roraima, os demais estados vacinaram mais de 70% da popula��o acima de 18 anos com ao menos uma dose do imunizante e pelo menos 30% da popula��o com segunda dose ou dose �nica. Mato Grosso do Sul apresenta a menor diferen�a entre a primeira e a segunda doses aplicadas, com percentual de primeira dose de 90% e segunda superior a 66%.
S�o Paulo apresenta o maior percentual de primeiras doses aplicadas, com 99% da popula��o adulta com uma dose do imunizante e mais de 58% com a segunda. A situa��o de Roraima � mais preocupante com 68% da popula��o vacinada com primeira dose e 23% com a segunda.
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