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Estado de Minas EXPLORA��O

PF abre Opera��o 'Terra Desolata' contra garimpo ilegal em Kayap�

As investiga��es constataram que cerca de uma tonelada de ouro � extra�do de forma ilegal, todos os anos, das Terras Ind�genas do sul do Par�


27/10/2021 13:09 - atualizado 27/10/2021 15:21

Agentes da Polícia Federal
Nesta quarta, a Pol�cia Federal cumpre 12 mandados de pris�o preventiva e vasculha 62 endere�os em nove Estados e no Distrito Federal (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press.)
A Pol�cia Federal (PF) cumpre na manh� desta quarta-feira (27/10), 12 mandados de pris�o preventiva e vasculha 62 endere�os em nove Estados e no Distrito Federal no �mbito de investiga��o que mira suposta organiza��o criminosa especializada em extra��o e com�rcio ilegal de ouro na Terra Ind�gena Kayap�, no sul do Par�. De acordo com a PF, as investiga��es constataram que cerca de uma tonelada de ouro � extra�do de forma ilegal, todos os anos, das Terras Ind�genas do sul do Par�.

As dilig�ncias foram ordenadas pela 4ª Vara Criminal da Justi�a Federal no Par�, que tamb�m determinou o bloqueio de at� R$ 469 milh�es dos investigados. O ju�zo ainda ordenou o sequestro de cinco aeronaves; a suspens�o da atividade econ�mica de 12 empresas; o sequestro de bens im�veis de 47 pessoas e empresas; e o sequestro de outros 14 bens m�veis.

As medidas integram a Opera��o Terra Desolata, que conta com a participa��o de um efetivo de 200 policiais federais. Os agentes executam as dilig�ncias no Par�, Amazonas, Goi�s, Roraima, S�o Paulo, Tocantins, Maranh�o, Mato Grosso, Rond�nia e no Distrito Federal.

O nome da ofensiva, segundo a PF, faz refer�ncia � express�o italiana que equivale a "Terra Devastada" em portugu�s. Os investigadores dizem que o ouro extra�do de forma ilegal no sul do Par� � enviado para Europa, tendo a It�lia como porta de entrada, "deixando aqui apenas a terra devastada, em italiano: Terra Desolata".

De acordo com a PF, as investiga��es tiveram in�cio em 2020 e apontam que a organiza��o criminosa atua em tr�s n�veis. O primeiro deles est� ligado aos garimpeiros que extraem o ouro sem Permiss�o de Lavra Garimpeira-PLG. Depois eles vendem o material para os intermedi�rios, que est�o no segundo n�vel do esquema, segundo a PF. J� a camada final da opera��o sob suspeita � composta por grandes empresas, para as quais os intermedi�rios repassam o ouro, dizem os investigadores. Estas injetam os produtos no mercado nacional ou destinam o mesmo para a exporta��o.

Ao longo das apura��es, a PF ainda identificou a exist�ncia de garimpo ativo em �reas particulares. De acordo com a corpora��o, os endere�os ser�o objeto de busca e apreens�o em a��o conjunta com o Minist�rio P�blico do Trabalho, uma vez que h� suspeita de que hajam trabalhadores em condi��es an�logas � de escravo nos locais.

A Pol�cia Federal diz que os envolvidos podem responder pelos crimes de usurpa��o de bens da uni�o; explora��o de mat�ria-prima pertencentes � Uni�o; execu��o de pesquisa, extra��o de recursos minerais sem a competente autoriza��o; participa��o em organiza��o criminosa; e lavagem de dinheiro.

Al�m disso, os investigadores dizem que outros crimes podem ser descobertos aos longo das investiga��es, e eventualmente imputados aos suspeitos, entre eles dispositivos previstos na Lei de Crimes Ambientais, al�m do crime de redu��o a condi��o an�loga � de escravo.


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