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Estado de Minas RETROSPECTIVA 2021

Chegada da vacina e CPI da COVID: os principais acontecimentos da pandemia

Brasil encerra ano com mais de 75% da popula��o vacinada com pelo menos uma dose depois de enfrentar o pior momento da pandemia em 2021


27/12/2021 09:38

Enfermeira sendo vacinada
(foto: Governo do Estado de S�o Paulo/Divulga��o )
"Vax", a abrevia��o em ingl�s para a palavra vacina, foi escolhida como a palavra do ano em 2021 pelo Oxford English Dictionary. A escolha n�o foi atoa. Este ano ser� sempre lembrado como aquele em que a vacina��o contra a covid-19 se tornou poss�vel. O ano termina com quase 50% da popula��o mundial imunizada. No Brasil s�o 66% das pessoas que j� tomaram duas doses. Apesar disso, o terror da pandemia ainda assombra, principalmente com a chegada da variante �micron, que amea�a ser mais transmiss�vel e mais resistente aos imunizantes.

Confira os principais pontos no combate a pandemia em 2021
O atraso na imuniza��o

Enquanto alguns pa�ses, como Reino Unido e Estados Unidos, deram a largada na vacina��o ainda no in�cio de dezembro de 2020, o Brasil s� come�ou a vacinar a popula��o em janeiro, ap�s um intenso embate entre o Minist�rio da Sa�de e os governadores do pa�s - principalmente o de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB).

Os l�deres das unidades federativas acusaram o governo Bolsonaro de n�o se movimentar para comprar as vacinas j� aprovadas em dezembro de 2020, como a Coronavac, da China, e a AstraZeneca, da �ndia. O ent�o ministro da Sa�de, Eduardo Pazuello, chegou a dizer que a vacina��o iria "come�ar no dia D, na hora H", ao ser questionado sobre a demora na aquisi��o das doses. Ele tamb�m previa que a imuniza��o come�aria em 10 de fevereiro.

Com a previs�o distante, as institui��es de sa�de Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Instituto Butantan decidiram iniciar negocia��es pr�prias. A primeira solicitou o uso da AstraZeneca e o segundo a Coronavac - as doses foram importadas.

Em 4 de janeiro, a Anvisa autorizou o pedido de importa��o de 2 milh�es de doses da AstraZeneca, feito pela Fiocruz, que alegou querer "possibilitar o in�cio da vacina��o ainda em janeiro". No entanto, o governo Bolsonaro n�o se manifestou sobre um calend�rio.

Crise de Manaus

Em meio � hesita��o do governo, uma outra crise sanit�ria entrou em cena: o colapso do sistema de sa�de p�blico de Manaus, capital do Amazonas,. A falta de cilindros de oxig�nio atingiu a rede, fato que foi denunciado pelo m�dico e presidente do Sindicato dos M�dicos do Amazonas, M�rio Viana, em 14 de janeiro. A escassez do material causou a morte compuls�ria de v�rios pacientes que n�o conseguiram atendimento.


O governador da cidade, Wilson Lima, j� havia alertado sobre a possibilidade do colapso desde 10 de dezembro. O presidente da Rep�blica, no entanto, culpou a lideran�a local por "deixar acabar" o oxig�nio. O chefe do Executivo ainda afirmou que a causa do caos era porque "n�o faziam tratamento precoce" na cidade.

Em 21 de janeiro, fontes ligadas ao Correio revelaram que "regras foram passadas" para que os m�dicos escolhessem quem iria viver ou morrer. Aqueles em estado terminal ou com situa��o irrevers�vel n�o seriam mais enviados � UTI.

A crise virou pauta para a CPI da Covid (leia no t�pico de mesmo nome).

A primeira vacina

Foi uma atitude do governador Jo�o Doria (PSDB) que mudou o cen�rio de espera dos milh�es de brasileiros que temiam mais mortes al�m dos 210 mil �bitos registrados em 17 de janeiro, dia em que a primeira vacina foi aplicada.

Minutos ap�s a Anvisa aprovar o uso emergencial da CoronaVac e da AstraZeneca, Doria promoveu a imuniza��o da primeira pessoa do Brasil: a enfermeira M�nica Calazans, de 54 anos, que atuava na linha de frente do combate ao v�rus no Hospital Em�lio Ribas.

Na ocasi�o, o pol�tico informou que a data era "o Dia V, Dia da vit�ria, Dia da vacina", em refer�ncia � fala de Pazuello. "O triunfo da vida contra os negacionistas e contra aqueles que preferem o cheiro da morte. � uma conquista que fortalece milh�es de pessoas que defendem a vida", disse.

A iniciativa rendeu cr�ticas de Pazuello, que anunciou, no mesmo dia, que tinha os imunizantes em m�os, mas n�o iria iniciar a vacina��o no domingo (17/1) em um "ato simb�lico ou um ato de marketing". Depois da fala do ministro da Sa�de, o envio de doses para outros estados come�ou a ser feito em 19 de janeiro, dois dias ap�s a vacina��o promovida por Doria. Entre atrasos e falta de log�stica, a campanha de vacina��o foi iniciada no pa�s, quando o mundo registrava 2 milh�es de mortos pela doen�a.

O atraso no in�cio da campanha recebeu in�meras cr�ticas, ainda mais quando foi revelado na CPI da Covid que o pa�s recusou pelo menos seis ofertas da farmac�utica Pfizer. Apesar do in�cio tardio, a tradi��o do Brasil na vacina��o fez a diferen�a e o Brasil termina o ano com mais pessoas imunizadas do que pa�ses que come�aram suas campanhas primeiro.

Volta �s aulas

Ap�s quase dois anos com aulas remotas, v�rios estados e o DF iniciaram o movimento de retomada ao presencial. Especialistas calculam que as perdas para a educa��o foram imensas e ser� preciso um bom investimento na �rea para recuperar o atraso.

Volta as aulas presenciais noJardim de Infância 04 Gama
Volta as aulas presenciais noJardim de Inf�ncia 04 Gama (foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

CPI da Covid

Pouco mais de um ano ap�s o primeiro caso de covid-19 ser registrado no Brasil e, naquele momento, com mais de duas mil mortes pela doen�a no pa�s, o Senado deu in�cio a CPI da Covid em abril. O requerimento para cria��o da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito foi apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e o objetivo era avaliar as a��es e omiss�es do governo federal no combate � pandemia.

Foram cinco meses e 29 dias e 65 sess�es, que gerou um relat�rio final de 1.180 p�ginas. Nele, foram apontados como respons�veis por crimes na gest�o da pandemia, 66 pessoas e duas empresas, entre elas o presidente Jair Bolsonaro (PL), o ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, o ex-ministro Eduardo Pazuello, e os tr�s filhos do presidente, o senador Fl�vio Bolsonaro (Patriota-RJ), o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro.

A comiss�o revelou a tentativa frustrada de corrup��o na compra de vacinas da AstraZeneca pelo Minist�rio da Sa�de por meio da empresa Davati, por um d�lar superfaturado por cada dose; a tentativa de vender ao Minist�rio da Sa�de a vacina indiana Covaxin, com o envolvimento das empresas Precisa Medicamentos, VTCLog e FIB Bank, em um contrato fraudulento; e a oculta��o de mortes, a prescri��o do 'kit covid' - que cont�m medicamentos comprovadamente n�o eficazes contra a doen�a - e o uso de pacientes como cobaias em testes de medicamentos pela Prevent Senior. Al�m disso, foi revelado que o governo negou a oferta de 70 milh�es de doses da Pfizer em agosto de 2020 e que o governo j� sabia que o sistema de sa�de de Manaus iria colapsar, mas s� enviou ajuda quando a situa��o j� tinha se agravado.

O terror da variante �micron

Em novembro, a �frica do Sul reportaria � Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) a identifica��o de uma nova cepa do coronav�rus. A descoberta da muta��o ocorreu em simult�neo com um grande aumento de casos da doen�a no pa�s. Poucos dias depois, a OMS classificaria a �micron como "variante de preocupa��o". V�rios pa�ses come�aram a fechar suas fronteiras para pa�ses do sul da �frica, inclusive o Brasil.

A variante preocupa pelo n�mero alto de muta��es. Os primeiros estudos mostram que a efic�cia da vacina � menor contra ela, o que fez com que muitas fabricantes anunciassem estarem trabalhando em uma nova vers�o. Apesar disso, muitos especialistas se mostraram entusiasmados com a possibilidade da cepa ser menos agressiva. No in�cio de dezembro, o Reino Unido registrou a primeira morte de uma pessoa infectada com a cepa.

No Brasil, a Anvisa recomendou que fosse adotado o passaporte da vacina como medida para evitar uma nova onda. O presidente Bolsonaro chamou o passaporte de "coleira" e o ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, afirmou que era melhor "perder a vida do que a liberdade", ao rejeitar a ideia. Em vez disso, o governo adotou a exig�ncia de quarentena de cinco dias para n�o ser vacinado. H� um dia da medida entrar em vigor, o site do Minist�rio da Sa�de e o aplicativo ConecteSUS sofreram um ataque hacker que obrigou o governo a adiar em uma semana as novas regras.

Antes disso, por�m, o Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que somente vacinados pudessem entrar no pa�s. Nesta segunda-feira (20/12), o governo publicou uma nova portaria que passa a exigir que o comprovante de vacina��o dos imunizantes aprovados pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) ou pelas autoridades do pa�s em que o viajante foi imunizado. 

Vacina para crian�as

Enquanto muitos pa�ses ainda n�o conseguiram chegar a nem um ter�o da popula��o adulta vacinada contra a covid-19, outros iniciaram em 2021 a imuniza��o de crian�as. No Brasil, a vacina da Pfizer recebeu autoriza��o, primeiro, para ser aplicada em adolescentes e em dezembro para ser administrada em crian�as a partir de cinco anos.

Em setembro, o Minist�rio da Sa�de causou pol�mica ao rever as orienta��es sobre a campanha nacional de imuniza��o e passar a n�o recomendar que adolescentes em comorbidade tomassem a vacina. Mais uma vez, a quest�o foi parar no STF que decidiu por dar autonomia para que estados e munic�pios continuassem a aplicar o imunizante na faixa et�ria.

Quanto a vacina��o a partir dos cincos anos, o governo disse que s� ir� se manifestar sobre a quest�o em janeiro. Por�m, o presidente Jair Bolsonaro causou pol�mica ao amea�ar interferir na Anvisa. Extraoficialmente,  o presidente pediu o nome das pessoas respons�veis pela aprova��o da vacina��o de crian�as.

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Confira respostas a 15 d�vidas mais comuns

Guia r�pido explica com o que se sabe at� agora sobre temas como risco de infec��o ap�s a vacina��o, efic�cia dos imunizantes, efeitos colaterais e o p�s-vacina. Depois de vacinado, preciso continuar a usar m�scara? Posso pegar COVID-19 mesmo ap�s receber as duas doses da vacina? Posso beber ap�s vacinar? Confira esta e outras perguntas e respostas sobre a COVID-19.

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