
"Sinto-me como um elemento que incorporou uma energia que se colocou a servi�o da subjetividade, mas tamb�m de um ritual de muita pot�ncia.” O bailarino disse que sentiu vontade de escrever e compartilhar este sentimento, ap�s escutar o depoimento ‘sens�vel de Carlinhos Brown’.
O cantor afirmou que nenhum carnavalesco fez por si os enredos - “quem fez o enredo esse ano foram os Orix�s. Os orix�s escolherem o xir� para vir para a avenida(...) Desde 1980, 1984, eu nunca vi algo t�o sincronizado, ou seja, a reafricaniza��o se imp�e diante das adversidades”, disse Brown.
Rui Moreira Santos contou ainda que na concentra��o, pouco antes do desfile come�ar, ele presenciou um arrast�o de crian�as e jovens adolescentes roubando os carros que passavam. “Ao meu ver isso � um dos resultados, uma consequ�ncia das mazelas sociais que assolam o pa�s.”
Ele lembrou ainda a morte da menina Raquel da Silva, que foi atropelada pelo carro abre-alas da Em Cima da Hora, na noite de quarta-feira (20/4).
“Pela dedica��o dos componentes das escolas de samba, pelos sons dos tambores, pelo entoar coletivo de cantos, reafirmo que este evento � algo muito s�rio e muito maior do que nossa vis�o alcan�a.”
O bailarino termina o depoimento agradecendo aos integrantes da escola de samba por ter vivido este momento. “Essa voz e todo este desfile engrossa o coro e explicita que o Brasil � um pa�s Negro! Composto por negros de muitas tonalidades de pele. Da pele mais branca � pele preta mais retinta #somostodosnegros. Se liguem nisso!”