(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas ASS�DIO

Juiz alvo de 96 den�ncias de ass�dio sexual volta ao trabalho em SP

Seis den�ncias s�o por estupro; duas v�timas da viol�ncia j� foram ouvidas pelo Minist�rio P�blico.


05/09/2022 15:44 - atualizado 05/09/2022 16:32

Marcus Scalercio com uma blusa branca e escritos em amarelo, segurando um microfone e palestrando
Relatos dos abusos de Marcus Scalercio foram encaminhados pela rede de escuta do Me Too Brasil (foto: Reprodu��o/Instagram)

No come�o de junho, Marcos Scalercio, de 41 anos, juiz da Justi�a do Trabalho de S�o Paulo, foi alvo de diversas den�ncias de ass�dio sexual. O Me Too Brasil contabilizou 96, sendo seis delas de estupro. Contudo, ap�s um per�odo de 20 dias de f�rias ele retorna ao trabalho nesta segunda-feira (5), em S�o Paulo.

Antes das den�ncias, al�m de ser professor de um cursinho preparat�rio para o exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Marcos atuava no F�rum Trabalhista da Barra Funda. A reportagem entrou em contato com o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Regi�o, que al�m de confirmar o retorno do trabalho do magistrado, ainda confirmou que ele "foi designado para atuar no F�rum Trabalhista da Zona Sul, auxiliando em processos que est�o em fase de execu��o".

Em nota, o Me Too Brasil atualizou a quantidade de den�ncias que elas, junto com o Projeto Justiceiras, j� receberam sobre o caso. "Foram recebidos pela organiza��o e pelo Projeto Justiceiras at� esta segunda (05/9), 96 relatos de ass�dio e de viol�ncia sexual por meio das redes de atendimento das entidades. Desses, 26 casos foram encaminhados pelo Projeto Justiceiras ao Conselho Nacional do Minist�rio P�blico (CNMP) e ao Conselho Nacional de Justi�a (CNJ). Outros 70 foram relatos encaminhados pela rede de escuta do Me Too Brasil."

Entre esses relatos, seis s�o de estupro. "Entre os relatos, seis (6) s�o de estupros. Nessas den�ncias, duas (2) v�timas de viol�ncia j� foram ouvidas pelo Minist�rio P�blico de S�o Paulo e os casos de outras duas (2) foram encaminhados ao Conselho Nacional do Minist�rio P�blico (CNMP). Um (01) caso de estupro n�o foi ouvido pela Justi�a e outra v�tima n�o quis formalizar a den�ncia", diz a nota do Me Too Brasil.

A organiza��o enviou um documento ao Conselho Nacional de Justi�a com diversos dos relatos recebidos contra o juiz, e, frente a gravidade dos relatos, espera que ele seja afastado de suas fun��es. "Aguardamos que o caso seja exemplar no combate ao ass�dio e viol�ncia sexual praticada cotidianamente contra as mulheres nos ambientes de trabalho e por agressores que abusam de suas posi��es de poder", completa a nota.

'SE ACHAVA O GARANH�O'


Logo que as primeiras den�ncias vieram � tona, a reportagem conversou com Larissa (nome alterado a pedido da entrevistada), que foi aluna de Marcos no cursinho preparat�rio da OAB. Segundo ela, o professor chegou a perguntar se ela era solteira e se tinha filhos, al�m de mandar diversas mensagens e se oferecer para dar carona para ela em um dia de visita ao f�rum.

Ap�s rejeitar as investidas, Larissa diz ter ouvido que "n�o tinha potencial" para um homem como ele. "Falando em bom portugu�s, ele me disse que eu n�o era mulher para aguentar o pau dele", relatou � reportagem.

"Ele come�ou a me chamar no Instagram e eu passei a ignor�-lo. Ent�o, ele come�ou a falar que eu dava em cima de todos os professores do Dam�sio, este tipo de coisas. Foi quando eu comecei a tirar prints e falei que estava fazendo isso e que eu divulgaria aquilo se ele n�o parasse com aquela hist�ria. Ele se sentiu amea�ado e nunca mais me enviou mensagem", contou.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)