
A m�e de Th�o, Kawany da Silva, contou ao g1 que o ataque ocorreu pouco depois dela deixar o filho na casa da bab� para ir ao curso t�cnico de enfermagem. Quando ainda estava na rua da profissional, foi chamada por ela, que contou sobre o acidente.
O cachorro, uma mistura de pastor alem�o com labrador, pulou sobre Th�o assim que um port�o que d� acesso ao interior da resid�ncia foi aberto. Kawany acredita que o animal estava com ci�me da crian�a por n�o poder entrar dentro da casa.
Depois de pular sobre o beb�, o cachorro deu uma mordida, que rasgou parte da orelha e dilacerou a bochecha do menino. A bab� abordou a m�e e juntas levaram o menino ao Hospital do Vicentino, institui��o de sa�de p�blica da cidade.
No entanto, os m�dicos do local afirmaram que fariam apenas uma sutura, mas Kawany entendeu, pela gravidade dos ferimentos, que o filho precisaria de uma cirurgia. Ela foi informada que n�o havia profissionais na unidade para fazer o procedimento.
“Nos mandaram ir para outro hospital, pois l� n�o havia profissional. E dois cirurgi�es bucomaxilos disseram que n�o poder�amos utilizar o Samu [Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia] para a transfer�ncia, que eu teria que ir por meios pr�prios. Ap�s todo o descaso fomos para a Santa Casa de Santos", contou a m�e do garoto ao g1 Sp.
Cirurgia
O garoto passou por uma cirurgia reparadora na orelha e na bochecha, assim que chegou na Santa Casa de Santos. O valor do procedimento foi de R$ 6 mil, pagos por Kawany com a ajuda de familiares e amigos. Ainda h�, no entanto, mais custos a serem pagos: com alta prevista para at� 14 dias, a mulher deve pagar a di�ria de R$ 900 e os materiais usados diariamente no cuidado do filho — os dois j� est�o h� sete dias no hospital.
“Por se tratar de rosto e orelha, h� preocupa��o com infec��es e outras probabilidades, por isso vamos orar e continuar fazendo o que est� dentro da nossa realidade”, detalhou a m�e. “Th�o segue com quadro positivo, brincando, se alimentando”, compartilhou.
Para conseguir pagar a conta m�dica, ela promove uma rifa na internet e tamb�m tenta inserir o nome de Th�o na Central de Regula��o de Ofertas de Servi�os de Sa�de (Cross) para conseguir que o tratamento seja conclu�do no Sistema �nico de Sa�de (SUS).
“Estamos lutando para coloc�-lo no programa Cross, mas eles [a Santa Casa] t�m alegado que n�o h� possibilidade, pois o hospital de S�o Vicente deveria ter inclu�do o Th�o, mas nem isso eles fizeram”, informou.
Kawany tamb�m diz que algumas pessoas falam para a bab� custear todos os custos por ter sido na casa dela o acidente, mas a m�e de Th�o afirma que a mulher n�o foi culpada.
“Foi uma fatalidade. Ela n�o teria condi��es financeiras, assim como eu n�o tenho, para arcar com os custos hospitalares”, pontua. A mulher tamb�m diz que a bab� sempre tratou o menino bem e que o carinho dela por Th�o “� n�tido”.
Para quem deseja ajudar nos custos hospitalares da recupera��o do Th�o, pode saber como aqui.
O que diz a Prefeitura de S�o Vicente
Em nota, a Secretaria da Sa�de de S�o Vicente, por meio da prefeitura municipal, informou que Th�o foi acolhido e "prontamente atendido" pela pediatra que estava no plant�o que, "devido � complexidade do caso, solicitou avalia��o do bucomaxilo". "Ap�s o exame do especialista, a m�e recusou prosseguir com o atendimento, assinou o relat�rio m�dico oficializando sua decis�o e informou que iria para Santa Casa de Santos", escreveu o �rg�o.
Devido � sa�da de Kawany do hospital, "n�o foi solicitada vaga para a crian�a na Central de Regula��o de Ofertas e Servi�os de Sa�de (Cross)". A Secretaria informa, ainda, "que est� instaurando sindic�ncia para apurar os fatos".