
O endere�o vende crepes em formatos de p�nis e vulvas. A doceria abriu as portas neste s�bado, dia 4, pr�ximo � rua Augusta, na regi�o central de S�o Paulo.
Na verdade, o caf� se chamaria La Putaria, mas teve que mudar de nome para La Censura ap�s a publica��o de uma norma do Minist�rio da Justi�a e Seguran�a P�blica, de junho do ano passado, que determinou que produtos com conte�do pornogr�fico n�o podem ser dispostos em vitrines ou letreiros.
A marca foi criada pelo austr�aco Rob Kramer e pela brasileira Juliana Lopes em 2021, em Portugal. Nos anos seguintes, o casal abriu filiais em Roma, em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. Mas foi nesta �ltima cidade que eles tiveram problemas.
Ap�s inaugurarem uma unidade em Ipanema, em maio do ano passado, uma associa��o de moradores do bairro protocolou uma reclama��o sobre o nome do local. O minist�rio, ent�o, determinou que o letreiro da marca fosse removido das lojas no pa�s e que uma placa que indica entrada proibida para menores de 18 anos fosse instalada.
"Fomos pegos de surpresa. A justificativa usada era a de que as crian�as n�o podiam ter contato com aquele conte�do, mas todos os produtos s�o consumidos no ato. N�o existe uma vitrine para expor", diz Juliana Lopes, uma das propriet�rias. "Para n�s n�o faz sentido. Em v�rias vitrines de sex shop crian�as e adultos conseguem ver os produtos."
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No relat�rio do �rg�o do governo, os doces er�ticos foram classificados como "pornografia gratuita camuflada de guloseimas (...), r�plicas perfeitas de �rg�os sexuais".
"Vendemos doces de uma forma leve e divertida", diz Lopes. "Eles geram curiosidade. Na Europa, sempre funcionou muito bem. Temos uma loja em Roma a 30 minutos de caminhada do Vaticano e nunca tivemos problemas."
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As unidades no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte continuam sem o nome original na fachada. "A palavra que mais ouvi dos nossos seguidores foi censura. Ent�o fizemos uma brincadeira com o La Censura como estrat�gia para manter as nossas atividades."
As guloseimas s�o preparadas com massa de waffle em formato de p�nis e vulvas e ganham recheios e coberturas diversas. Batizados de Piroffles e Xoxoffles, os doces custam de R$ 25 a R$ 33.
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O doce chamado crush leva cobertura de chocolate meio amargo e de chocolate com morango. J� o sugar daddy, no formato do �rg�o masculino, ganha uma cobertura de chocolate branco e de spray dourado.
Tamb�m � poss�vel montar o doce ao gosto do fregu�s. A op��o com dois sabores de chocolate sai por R$ 25 (a Xoxoffles) ou R$ 29 (o Piroffles). O recheado com Nutella ou doce de leite custa de R$ 29 a R$ 33. Por mais R$ 3, d� para adicionar toppings como chantilly, coco e granulado colorido.
H� ainda uma vers�o vegana da guloseima, que custa de R$ 26 a R$ 29, e outra salgada —chamada de moz�o (R$ 26 a R$ 29), feita com mu�arela, presunto e or�gano. Sorvetes, milk-shakes e caf�s completam o menu.
Al�m de oferecer os doces er�ticos, a loja tamb�m foi toda pensada para ser instagram�vel e atrair cliques para as redes sociais. A decora��o � toda em cor-de-rosa e tem letreiros neon com frases como "maior que o do teu namorado" e "mais gostosa que tua ex".
Na abertura da casa, no �ltimo s�bado, o local j� acumulava longas filas de pessoas interessadas em provar aos waffles em formatos de �rg�os genitais.
Lopes diz que a entrada e o consumo dos produtos j� eram proibidos para menores de idade, mesmo antes das imposi��es do Minist�rio da Justi�a.
"N�o achamos que nossa marca ofende ningu�m. A ideia � que seja uma brincadeira. A loja � c�mica. S�o doces", diz a fundadora.
**LA CENSURA**
Onde R. Lu�s Coelho, 166, Consola��o, regi�o central
Link: https://www.instagram.com/laputariaoficial/