
Ap�s as manifesta��es contr�rias ao governo e � corrup��o do �ltimo domingo, 15, os ministros da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, e Secretaria-Geral da Presid�ncia, Miguel Rossetto, afirmaram em coletiva de imprensa que era hora de discutir o financiamento empresarial. O governo � favor�vel ao fim das doa��es empresariais a partidos pol�ticos. Gilmar Mendes disse esperar que o governo "tenha �xito" no avan�o das discuss�es sobre o tema, mas voltou a afirmar que o assunto deve ser debatido pelos parlamentares. A retomada do julgamento no Supremo depende da libera��o do voto de Gilmar Mendes.
"Isso � mat�ria do Congresso por excel�ncia. Algu�m j� imaginou o Supremo definindo qual vai ser o sistema eleitoral: se vai ser um sistema misto, se vai ser um sistema majorit�rio? A partir da� � que se define como � que vai ser financiamento", disse Mendes, questionado sobre o assunto nesta ter�a-feira.
O "teto de contribui��o" previsto na a��o que questiona o financiamento empresarial no Supremo, proposta pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), possui uma "fraude embutida", segundo o ministro. "Significa que o sujeito que ganha Bolsa Fam�lia e o empres�rio devem contribuir com o mesmo valor. Isso tem nome. Isso � encomendar lavagem de dinheiro", disse Mendes.
Para o ministro, o risco � de que haja uma "distribui��o" do dinheiro a terceiros para fazer a doa��o. "Essa a��o j� tem uma fraude embutida nela. N�o sei como essa gente teve coragem de propor isso", criticou Mendes. "Um pouco de respeito � intelig�ncia faria bem a quem trabalhou nessa proposta. N�o nos fa�am de bobos".