
O presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), criticou a nova altera��o na meta fiscal anunciada pelo governo nesta ter�a-feira e afirmou que a mudan�a mostra o "quanto o governo errou". "Isso mostra o quanto n�o adianta falar em CPMF porque o buraco � tr�s CPMFs fora esse ano", disse. "Eles perderam o sentido de que a credibilidade da economia n�o pode ser jogada em teste a toda hora".
Cunha lembrou que o governo come�ou com uma meta de super�vit prim�rio de R$ 70 bilh�es e que agora vai entrar um d�ficit de R$ 51,5 bilh�es. "Isso gera retra��o de investimento, inseguran�a. Isso � um indicador ruim. Espero que seja o �ltimo e que se possa ter confian�a nos pr�ximos n�meros", afirmou. Ele voltou a afirmar que acha dif�cil a CPMF ser aprovada no Congresso e destacou pesquisa da CNT/MDA que mostrou que 70,5% s�o contra a volta da contribui��o e 86,7% n�o est�o dispostos a pagar mais impostos.
Para o deputado, o maior problema para o rombo fiscal � a queda de arrecada��o. "Se continuar caindo, n�o tem CPMF que resolva. Por enquanto s� tem aumento de tributos e � preciso ter norte para recuperar a economia. N�o � a CPMF que vai fazer o Brasil crescer, trazer emprego, s�o medidas de conjunto macro, medidas que possam estimular investimento", afirmou. "Se aprovar CPMF resolvesse o problema do Brasil, talvez aprovasse, mas n�o resolve."
Sobre a Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) que prorroga a Desvincula��o de Receitas da Uni�o (DRU), Cunha acredita que deve passar pelo Congresso, mas o tr�mite tende a ser demorado. "Com rela��o a DRU, nunca teve problema grave, o governo � que atrasou", disse. "Se est� no est�gio que est� hoje, � culpa da desarticula��o do governo. At� tramitar totalmente, n�o vota este ano", ponderou.
O in�cio da vota��o da admissibilidade da PEC que iria ocorrer hoje foi adiado, ap�s oposi��o e governo pedirem vista do relat�rio do deputado Marcos Rog�rio (PDT-RO), durante reuni�o ordin�ria da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a e de Cidadania (CCJC). A expectativa do governo agora � votar o admissibilidade no colegiado na pr�xima ter�a-feira, 3.