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Estado de Minas

Dilma quer nova elei��o, mas tem de convencer sua base de apoio


postado em 03/05/2016 08:07 / atualizado em 03/05/2016 08:29

Dilma Rousseff(foto: Nelson Almeida)
Dilma Rousseff (foto: Nelson Almeida)
Bras�lia e S�o Paulo - A presidente Dilma Rousseff planeja enviar ao Congresso, nos pr�ximos dias, uma Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) para antecipar as elei��es ao Pal�cio do Planalto. Antes de bater o martelo, por�m, ela precisa convencer os movimentos sociais que foram �s ruas defender o seu mandato e s�o contr�rios � proposta.

Dilma escalou os ministros Jaques Wagner (Gabinete Pessoal) e Ricardo Berzoini (Governo) para sondar os movimentos. O governo avalia que, sem uma grande press�o popular capaz de influenciar os parlamentares, a medida n�o teria chance alguma de ser aprovada pelo Congresso.

Sem os votos necess�rios para virar o jogo, o governo j� est� convencido de que ser� derrotado na vota��o da Comiss�o Especial do impeachment, na sexta-feira, e tamb�m no primeiro julgamento no plen�rio do Senado, previsto para o dia 11. Com a confirma��o deste cen�rio, Dilma ser� afastada por at� 180 dias e o vice Michel Temer vai assumir a Presid�ncia.

Antes disso, no entanto, a presidente pode encaminhar ao Congresso a proposta que prev� o encurtamento de seu mandato e novas elei��es em outubro, juntamente com as disputas para as prefeituras, para "emparedar" Temer. Na �ltima sexta-feira, 29, ela despachou Wagner e Berzoini para S�o Paulo com o objetivo de ouvir as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo sobre a ideia.

Na semana passada a Frente Brasil Popular fechou posi��o contra a antecipa��o das

elei��es. A Frente Povo Sem Medo n�o tem posi��o fechada sobre assunto, e alguns grupos, como a Intersindical, s�o contra, mas Guilherme Boulos, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), � a favor.

Depois da conversa com os ministros, os movimentos contr�rios � antecipa��o das elei��es passaram a admitir que podem mudar de posi��o. "Depois da decis�o do Senado pode at� haver novas elei��es", disse Jo�o Paulo Rodrigues, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).

A reuni�o de sexta-feira contou com a participa��o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, cotado para ser candidato do PT. "N�o acredito que Lula seja candidato a um mandato-tamp�o", disse o presidente da Central �nica dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas.

Lula tem dado sinais contradit�rios sobre o apoio � proposta de abreviar o mandato de Dilma, mas a CUT classifica a ideia como uma "capitula��o". "Eu conversei com a presidenta ontem (domingo) e disse claramente a ela que isso seria homologar o golpe. N�o est� dado que, no julgamento final, daqui a seis meses, haver� impeachment. Quando perceberem quem � Temer na Presid�ncia ser� outra coisa", disse Freitas.

Mesmo que a proposta seja enviada ao Congresso, no entanto, sua aprova��o � considerada dific�lima. Uma PEC precisa ser votada em dois turnos tanto na C�mara como no Senado e s� � aprovada se obtiver apoio de tr�s quintos dos deputados (308) e dos senadores (49).

O governo, os movimentos e o PT est�o cientes dos percal�os, mas avaliam que, mesmo que sejam derrotados no Congresso, podem usar o tema para desgastar Temer e manter acesas as mobiliza��es contra o impeachment que marcaram a reaproxima��o entre partido e sua base. Em outra frente, senadores petistas v�o buscar o di�logo com a ex-ministra Marina Silva (Rede), defensora da realiza��o de novas elei��es.


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