
Bras�lia - Para pressionar o presidente da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) da C�mara, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), a escolher um nome alinhado com o governo para relatar a den�ncia contra o presidente Michel Temer, governistas est�o dispostos a paralisar os trabalhos no colegiado. Em conversa com Temer, os aliados sugeriram inviabilizar Pacheco na presid�ncia da comiss�o se o escolhido n�o for, preferencialmente, Alceu Moreira (PMDB-RS).
Como Pacheco foi eleito para presidir a CCJ, ele � o �nico membro da comiss�o que n�o pode ser substitu�do pela lideran�a. Pacheco tamb�m n�o pode ser questionado pela escolha do relator. A inviabiliza��o significa, na pr�tica, impedir o funcionamento da maior comiss�o da Casa.
O argumento dos aliados � de que Alceu � mais confi�vel que Jones Martins (PMDB-RS), apadrinhado pol�tico do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Martins � suplente na CCJ e tem uma atua��o mais discreta, enquanto Moreira � membro ativo da "tropa de choque" do governo e capaz de suportar a press�o da opini�o p�blica.
Para pressionar Pacheco, peemedebistas lembram que ele foi indicado ao cargo pelo PMDB e, como ele tem pretens�o de ser candidato ao governo de Minas, uma a��o contra Temer pode prejudicar sua imagem - seu eleitor � anti-PT.
Pacheco minimizou a a��o dos governistas para intimid�-lo. "Isso s� me estimula", disse ao Estado/Broadcast. O peemedebista afirmou que a iniciativa s� atrapalharia a comiss�o e n�o o atingiria. O deputado tem demonstrado um comportamento aut�nomo ao governo.
Atualmente, a base governista tem colocado obst�culos apenas �s sess�es marcadas para apreciar a Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) que possibilita a elei��o direta em situa��o de vac�ncia da Presid�ncia. Em tom de desabafo, Pacheco disse que a obstru��o dos governistas "j� est� aborrecendo". "A PEC das Diretas permanecer� na pauta at� que seja apreciada, admitida ou n�o", afirmou.