Em todos os 59 casos publicados no Di�rio do Judici�rio desde o �ltimo dia 10, o direito �s f�rias-pr�mio � reconhecido por meio de averba��o em ficha funcional dos magistrados. E a estrat�gia adotada pelos magistrados vai al�m de uma indeniza��o em dinheiro. Trata-se de um mecanismo para garantir o benef�cio que est� em discuss�o no Supremo Tribunal Federal (STF) e pode acabar a qualquer momento. Em julho do ano passado, a Justi�a Federal de Alagoas concedeu a licen�a-pr�mio a um juiz do Trabalho. A Uni�o ent�o recorreu ao STF. O relator da a��o, ministro Alexandre de Moraes, defendeu que n�o s� a regalia � “ileg�tima” quanto a indeniza��o por sua n�o frui��o.
Em outubro, os ministros determinaram a repercuss�o geral do caso, ou seja, a decis�o que for tomada pelo plen�rio valer� para todo o pa�s. Diante disso, em um requerimento apresentado por seis desembargadores para licenciar-se por per�odos que variavam de oito meses a 12 meses, o presidente da �rg�o, desembargador Herbert Carneiro, indeferiu o pedido “por conveni�ncia e necessidade do servi�o”. Mas determinou que a decis�o seja registrada como um precedente administrativo aplic�vel aos magistrados do TJ mineiro.
“Registro que a inten��o do pleito formulado pelos desembargadores antes mencionados � o de disponibilizar ao interessado um princ�pio de prova (com a expedi��o de documento pr�prio), caso haja uma necessidade futura de ajuizar a��o visando garantir o direito �s f�rias-pr�mio. Assim, quem tiver interesse em obter tal documento dever� formular pedido semelhante”, diz o texto publicado na intranet do site da Amagis.
PORTARIA Portaria aprovada na Comiss�o Administrativa do TJ de Minas tamb�m permitiu a suspens�o das f�rias regulamentares de 60 dias “por conveni�ncia e necessidade do servi�o” em troca de uma indeniza��o – sujeita � viabilidade or�ament�ria. O texto revogou parte de duas portarias conjuntas de 2011 e 2012, que limitavam a suspens�o das f�rias em 30 dias – dois per�odos de 15 dias cada.
Na semana passada, o TJ confirmou que vai gastar R$ 29 milh�es este m�s para pagar f�rias regulamentares que foram suspensas de 700 magistrados e 1.850 servidores que venderam 10 dias. O desembolso foi autorizado pelo presidente do tribunal, desembargador Herbert Carneiro, para amanh�, e ainda n�o considera as novas regras definidas para “vender” os per�odos de f�rias e f�rias-pr�mio.