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Estado de Minas

Os velhos 'santinhos' ainda fazem milagre nas campanhas eleitorais

As mensagens na internet e pelas redes sociais devem dar o tom da campanha nestas elei��es, mas muitos candidatos ainda p�em f� na propaganda com pequenos panfletos


postado em 28/07/2018 06:00 / atualizado em 28/07/2018 07:33

(foto: Arte/Quinho )
(foto: Arte/Quinho )

Internet, redes sociais, e-mails, WhatsApps... As oportunidades s�o imensas e a campanha eleitoral est� cada vez mais no mundo virtual, visto pelos candidatos como uma forma de atingir mais gente e baratear custos.

Mas na corrida para ser notado e garantir o voto em Minas Gerais, os velhos santinhos de papel, entregues pessoalmente, ainda persistem e devem representar boa parte do investimento dos que tentam vagas na Assembleia, C�mara dos Deputados, no Senado, governo e na Presid�ncia da Rep�blica.


A aposta na entrega do material pelos panfleteiros �, para os pol�ticos, uma forma de ganhar mais empatia do eleitor, por causa do contato direto. O papel, usado ainda para as chamadas colinhas com os n�meros dos candidatos, tamb�m t�m tr�nsito livre nas cabines de vota��o, onde � proibido entrar com celulares.

Por tudo isso, as gr�ficas continuam esperando aumentar a produ��o at� outubro por causa da campanha eleitoral.

O diretor comercial da Mercograff, Alex Sandro, diz que a expectativa � de crescimento na procura dos santinhos.

“Vemos alguns candidatos falando de usar s� rede social, mas na hora do ‘vamos ver’ mesmo o santinho e os impressos com plano de governo s�o essenciais para marcar territ�rio e para o eleitor botar no bolso. Nos �ltimos tempos vejo aumentando a demanda e estamos com uma perspectiva grande de uma campanha com muito impresso”, afirmou.

Para ele, que trabalha com campanhas desde 2002, os impressos at� diminu�ram de tamanho, mas continuam sendo uma das principais apostas, at� porque, foi uma das poucas formas de propaganda que continuaram permitidas, depois que as recentes minirreformas foram restringindo materiais como outdoors, cartazes e cavaletes.

Segundo o gerente da Editora EGL, Fl�vio Madureira, a demanda cresce cerca de 20% em per�odos eleitorais e � preciso recorrer a freelancers para dar conta do servi�o. A expectativa � manter a produ��o da campanha passada, apesar de os recursos para propaganda estarem cada vez mais escassos.

“Os santinhos v�m diminuindo gradativamente por causa das redes sociais. Eles investem mais no virtual do que no papel, mas n�o deixa de ter, porque eles falam que papel � que d� voto”, disse.

Empatia O presidente do PDT, deputado federal M�rio Heringer – parlamentar desde 2003 –, � um dos que acreditam na perman�ncia do papel.

“At� porque, n�s candidatos n�o sabemos o que vai acontecer no mundo virtual, porque falta experi�ncia anterior. Vamos ter uma superposi��o dos dois tipos de campanha pelo menos at� que a gente tenha a medida de que tipo de propaganda atinge mais o eleitor”, disse.

Para Heringer, o meio virtual deve ser inundado pela campanha e, por isso, quem apostar s� nisso pode passar despercebido.

“O santinho voc� leva na m�o da pessoa, existe a empatia do olho no olho com seu cabo eleitoral. � uma boa parte da campanha, mas tem que acabar no futuro, quando descobrirmos uma forma de falar digitalmente sem encher o saco do eleitor. A� vai ser mais barato”, disse.

Como tudo em campanha, h� uma conta para os santinhos. Quem pretende ter uma faixa de 100 mil votos deve confeccionar pelo menos 5 milh�es deles, j� contando que muitos ficam encalhados. Heringer, por exemplo, encomendou 150 milh�es para atender a todos os candidatos a deputado federal e estadual do PDT. O gasto � de cerca de R$ 1,5 milh�o.

O secret�rio-geral do PSDB de Minas, deputado estadual Jo�o V�tor Xavier, afirma que o baixo custo da produ��o dos santinhos � um dos motivos para manter viva a campanha de papel.

“Com as novas tecnologias, outras coisas ter�o mais protagonismo e o santinho deve diminuir com o pr�prio encolhimento do per�odo eleitoral, mas acho que vai continuar existindo”, aposta.

Os partidos geralmente fazem o material em parceria. Os deputados federais e estaduais usam um mesmo papel para divulgar suas candidaturas. No PTB, por exemplo, caber� aos que disputam vaga em Bras�lia pagar pela divulga��o dos que concorrem � Assembleia, j� que a maior parte do fundo partid�rio fica com eles.

Ambiente O coordenador do grupo eleitoral do PT, deputado federal Reginaldo Lopes, disse que prepara um projeto de lei para acabar com os santinhos. Autor da proposta que acaba com dinheiro de papel, o petista disse considerar a propaganda ambientalmente incorreta.

“Vamos entrar com um projeto de lei para tornar a campanha 100% digital em 10 anos. O ideal � que tenhamos uma campanha limpa e on-line, como fiz a minha a prefeito em 2016.”

Segundo Lopes, a mudan�a tamb�m seria positiva financeiramente. “Hoje, � um custo razo�vel, porque voc� tem o santinho e o panfleteiro, que � um gasto vinculado. Isso pode custar at� metade da campanha”, disse.

 


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