
"Todos que trabalham no Brasil, no servi�o p�blico, sabem a situa��o em que estamos. Portanto, penso que teremos de ter decis�es coerentes", declarou o ministro, ao informar que a decis�o est� nas m�os do presidente Michel Temer.
Ele evitou responder se o governo poderia atender � sugest�o de substituir o aux�lio-moradia de R$ 4,2 mil pago a esses servidores pelo aumento de 16,38%: "O presidente est� tratando disso pessoalmente. Penso que cabe a ele falar sobre o assunto".
Na noite de quinta-feira, Temer recebeu em audi�ncia no Pal�cio da Alvorada os ministros do STF Dias Toffoli, que assume a presid�ncia da Corte dia 13 de setembro, e Luiz Fux, ambos defensores do reajuste. O presidente tenta encontrar uma forma de n�o conceder o reajuste mas, como lidera um governo que est� fraco, combalido por uma crise pol�tica e econ�mica, pode n�o resistir a esta press�o.
Os sinais do Planalto, no entanto, s�o de resist�ncia � concess�o do reajuste. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, Temer est� "muito incomodado" e "preocupado" com a press�o que est� sendo feita por setores do Judici�rio para garantir o aumento.
Para o Planalto, a corre��o salarial � considerada inconveniente em um momento de forte crise econ�mica, quando h� uma enorme n�mero de desempregados e governo trabalha para reduzir o d�ficit p�blico. Assim, reajustar a remunera��o de uma categoria que levaria um reajuste em cascata para ativos e aposentados, � classificado como invi�vel.
O Planalto lembra ainda que al�m do efeito cascata no Judici�rio e Minist�rio P�blico, setor considerado o mais bem pago do Pa�s, o Congresso usa esse sal�rio dos ministros do STF como base para o reajuste dos parlamentares e dos servidores da C�mara e Senado.
Outro problema � que, quando o STF tem um aumento, servidores do Tesouro Nacional, Receita Federal, Pol�cia Federal, Advocacia Geral da Uni�o e outras categorias conhecidas como "carreiras de Estado", engatam com seus pedidos de reajuste e amea�am greve.
Campanha Meirelles
A declara��o do ministro Padilha foi dada ap�s cerim�nia do dia do Voluntariado, no Planalto, na qual Temer estava presente. Perguntado sobre a situa��o do candidato do MDB, Henrique Meirelles, que est� patinando nas pesquisas com 1% das inten��es de votos e n�o consegue decolar, o ministro respondeu: "Dif�cil n�o � imposs�vel. A propaganda ainda n�o come�ou. Vai come�ar agora", minimizou.
Segundo Padilha, as pesquisas qualitativas que o partido disp�e mostram que, se tornando conhecido, ele poder� crescer porque "o perfil dele � um dos perfis que a popula��o quer".
