
A reuni�o ordin�ria desta segunda-feira aconteceu com as portas fechadas, sem a presen�a dos populares na Casa, e com forte esquema de seguran�a. Isso aconteceu depois de problemas durante a sess�o da �ltima quarta-feira.
Desde esse dia, a popula��o est� impedida de acompanhar as plen�rias na galeria da C�mara. Naquela ocasi�o, houve uma briga generalizada entre contr�rios e favor�veis � Escola Sem Partido com troca de socos, empurr�es e muita gritaria.
Na quinta e na sexta, os populares puderam assistir � reuni�o no hall principal da C�mara, j� que a galeria da Casa estava fechada.
O isolamento da C�mara foi um pedido da seguran�a da Casa, do Chefe da Guarda Civil Municipal e da Pol�cia Militar. Eles observaram um aumento de tens�o durante as reuni�es de quinta e sexta-feira, e preferiram interditar o local at� a aprecia��o do projeto.
Obstru��o
A bancada da esquerda da C�mara trabalhou com a obstru��o legal para evitar que o projeto fosse votado. O texto, de autoria da bancada crist�, tem 21 assinaturas, mas, devido �s manobras regimentais, n�o tinha sido apreciado em primeiro turno.
Para atrasar a vota��o da proposi��o, parlamentares de esquerda apresentaram dezenas de requerimentos que pedem vota��o destacada de trechos do projeto, vota��o em bloco de destaques e a vota��o desses requerimentos por meio de processo nominal, uma vez que, segundo o Regimento Interno, a delibera��o das solicita��es dar-se-ia por vota��o simb�lica.
Outra estrat�gia era recorrer das decis�es da Mesa Diretora, encaminhar vota��es acerca dos recursos e ocupar o microfone todas as vezes que for poss�vel. Os instrumentos utilizados pela oposi��o para obstruir a vota��o constam do Regimento Interno da C�mara e costumam ser usados quando um conjunto minorit�rio de vereadores � contr�rio a alguma proposi��o da pauta do Plen�rio.
O "Escola Sem Partido" pro�be professores de abordar opini�es e vis�es pol�ticas em sala de aula de escolas municipais. Entre os objetivos da proposta, est� a “neutralidade pol�tica, ideol�gico e religiosa”, al�m do impedimento da institui��o de ensino abordar quest�es sobre a orienta��o sexual.
Opini�es
L�der da frente crist�, Wesley da Autoescola (PRP) acredita que o projeto de lei garante "imparcialidade" �s aulas.
"O projeto � uma discuss�o de n�vel nacional e � uma coisa que �s vezes as pessoas confundem muito. Pelo fato de a frente crist� assinar o projeto, isso n�o quer dizer que estamos querendo que o cristianismo venha ser pregado nas escolas. Estamos falando de imparcialidade, tudo pode ser falado".
J� Bella Gon�alves (Psol) acredita que o tema limita o estudante a debater certas quest�es importantes para a forma��o cidad�.
"Sou contra pois a escola � um espa�o de pluralidade de ideias, e esse projeto, que est� intitulado como "Escola Sem Partido" �, na verdade, a escola do �nico partido, o deles, que querem impor uma censura, uma morda�a, fazendo que apenas uma posi��o valha na escola. O projeto cria quase que uma 'fake news' no que seria a discuss�o de g�nero e sexualidade nas escolas".
VOTO DOS VEREADORES
Defensores e opositores do projeto Escola sem Partido
SIM
�lvaro Dami�o (DEM)
Autair Gomes (PSC)
Bim da Ambul�ncia (PSDB)
Catatau do Povo (PHS)
Coronel Piccinini (PSB)
Eduardo da Ambul�ncia (Podemos)
Elvis C�rtes (PHS)
Fernando Borja (Avante)
Fernando Luiz (PSB)
Fl�vio dos Santos (Podemos)
Henrique Braga (PSDB)
Irlam Melo (PL)
Jair Di Greg�rio (PP)
Jorge Santos (Republicanos)
Julinho Los Hermanos (Avante)
Maninho F�lix (PSD)
Marilda Portela (Republicano)
Mateus Sim�es (Novo)
Orlei (Avante)
Pedr�o do Dep�sito (Cidadania)
Professor Juliano Lopes (PTC)
Ramon Bibiano da Casa de Apoio (MDB)
Reinaldo Gomes (MDB)
Wellington Magalh�es (DC)
Wesley Autoescola (PRP)
N�O
Bella Gon�alves (Psol)
Cida Falabella (Psol)
Pedro Patrus (PT)
Arnaldo Godoy (PT)
Gilson Reis (PCdoB)
Pedro Bueno (Podemos)
Edmar Branco (Avante)
Gabriel (Sem Partido)
AUSENTES
Carlos Henrique (PMN)
C�sar Gordin (PHS)
H�lio da Farm�cia (PHS)
L�o Burgu�s de Castro (PSL)
Ronaldo Batista (PMN)