
Segundo Marinho, hoje pr�-candidato � Prefeitura do Rio de Janeiro pelo PSDB, Fl�vio foi avisado da opera��o por um delegado da Pol�cia Federal simp�tico � candidatura de Bolsonaro ao Pal�cio do Planalto. Os policiais teriam retardado o in�cio das investiga��es para depois da corrida eleitoral. Ainda de acordo com o empres�rio, o delegado respons�vel por antecipar a 'Furna da On�a' aconselhou o parlamentar a exonerar Queiroz e a filha dele, Nathalia, da Alerj.
As demiss�es ocorreram em 15 de outubro, cerca de duas semanas antes do segundo turno. A opera��o, por sua vez, foi deflagrada em dezembro. No dia 13 daquele m�s, Fl�vio procurou Marinho em sua casa — im�vel que sediou o cl� dos Bolsonaro durante a campanha de 2018 — para pedir a indica��o de um advogado criminalista, visto que temia ser atingido por desdobramentos das investiga��es.
De acordo com Marinho, Fl�vio estava “absolutamente transtornado” com a situa��o. O ent�o senador eleito classificou os supostos atos de Queiroz como uma “trai��o.” “Dizia que tudo aquilo tinha sido uma grande trai��o, que se sentia muito decepcionado e preocupado com o que esse epis�dio poderia causar ao governo do pai”.
Marinho disse que tamb�m participaram da conversa o advogado de Fl�vio, Victor Alves, e Christiano Fragoso, indicado pelo empres�rio para compor a defesa do parlamentar.
Na entrevista, concedida � jornalista M�nica Bergamo, Marinho afirmou que as informa��es sobre a opera��o chegaram a Fl�vio Bolsonaro por meio do ex-coronel Miguel Braga, chefe de gabinete do senador. Braga recebeu um telefonema do delegado, que dizia conhecer um assunto de interesse de Fl�vio. O ex-coronel, orientado pelo parlamentar, foi se encontrar com o informante.
“Estou te contando a narrativa do Fl�vio e do advogado Victor para n�s, Paulo Marinho e Christiano, do outro lado da mesa. O senador contou que disse ao coronel Braga que se encontrasse com essa pessoa [o delegado] para saber do que se tratava. Estava curioso. E a� marcaram um encontro com esse delegado na porta da Superintend�ncia da Pol�cia Federal, na pra�a Mau�, no Rio de Janeiro”, contou Paulo Marinho.
Segundo ele, Victor e outra assessora do senador, Val Meliga, tamb�m foram ao encontro do delegado. Ao tomar conhecimento da situa��o, Jair Bolsonaro pediu que o filho exonerasse Fabr�cio Queiroz e a filha, o que aconteceu no mesmo dia.
Conforme Marinho, Christiano Fragoso indicou Ralph Hage Vianna para defender o ex-assessor do senador. Ainda de acordo com Marinho, a fam�lia Bolsonaro optou por montar um outro esquema de defesa.O empres�rio, ent�o, desmontou as articula��es que havia feito.
Segundo o suplente, Fl�vio contou que n�o falava mais com Queiroz. Victor Alves, no entanto, mantinha contato com o ex-colega de gabinete.