
Kalil criticou duramente a decis�o do governo estadual de instalar um hospital de campanha no Expominas para receber pacientes diagnosticados com o novo coronav�rus. Anunciada em mar�o, a estrutura foi autorizada a funcionar na semana passada. N�o h�, contudo, previs�o para o in�cio do acolhimento aos pacientes.
“Apesar dele (Zema) ter criado aquele gabinete do �dio, n�o tenho o menor problema com o governo do estado. Eles querem brigar, agredir. Uma hora � a secret�ria, outra hora uma subsecret�ria, um secret�rio, um subsecret�rio. Aqui, estamos trabalhando. Escrever protocolo? Imagina se esse hospital (de campanha) que est� a� fosse meu, o ‘pau’ que eu estaria levando? Tem que fazer partida de v�lei l�”, disparou.
Ainda segundo o prefeito, a cidade n�o recebeu recursos estaduais para combater a COVID-19. Ele citou, tamb�m, os valores repassados por conta das fortes chuvas que assolaram Belo Horizonte no in�cio do ano.
“Em (rela��o a) Belo Horizonte, nada. Zero. Como na tempestade. Desceram de avi�o, com pompa e circunst�ncia, anunciaram R$ 1 bilh�o, mas Belo Horizonte recebeu R$ 17 milh�es. E n�s gastamos R$ 200 milh�es. Estou s� esclarecendo que Belo Horizonte n�o teve nada, a n�o ser do governo federal e dos recursos pr�prios que tinha”, disse.
Estado ‘falido’
N�o � segredo que Minas Gerais atravessa uma grave crise financeira. A quest�o � repetida exaustivamente por Zema. Segundo Kalil, nem mesmo se ele e o governador fossem amigos �ntimos, a cidade, justamente por conta dos problemas no caixa estadual, receberia recursos financeiros.
“O governo de Minas est� quebrado. Est� falido. Est� liquidado. Pod�amos sair e tomar cerveja todos os dias juntos, que o governo de Minas iria continuar sem dar um tost�o para Belo Horizonte, pois n�o tem. Do que as prefeituras precisam? Dinheiro. N�o estou falando de Belo Horizonte, mas de Ribeir�o das Neves e de Matozinhos. Ningu�m precisa ser ‘amiguinho’. O Bolsonaro veio, entregou uma parcela, depois outra, para a sa�de de Belo Horizonte. Ningu�m precisa ser amigo. O que eu quero, ele n�o tem para me dar”, pontuou.
‘Partida de futebol’
Nessa ter�a-feira, tamb�m em entrevista exclusiva ao EM, Zema comparou a pandemia a um jogo de futebol. Na vis�o do governador, se a crise do coronav�rus fosse uma partida, o embate envolvendo Minas Gerais ainda teria mais 60 minutos.
Kalil, contudo, acredita n�o ser poss�vel cravar o est�gio da infec��o. “Ningu�m sabe o tempo desse jogo. Ningu�m sabe. Isso a�, os n�meros v�o falar. A �nica capital que n�o explodiu, no Brasil, foi Belo Horizonte. Ent�o, acho que podemos estar no primeiro minuto do 1° tempo ou aos 45’ do 2°, mas n�o sou astr�logo. Preciso dos n�meros em m�os”, comentou.
Hist�rico
Kalil j� havia falado sobre o ‘gabinete do �dio’ do governo estadual em maio. � ocasi�o, alegou que atrasos nos repasses de Imposto sobre Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMS), de Imposto sobre a Propriedade de Ve�culos Automotores (IPVA) e para a �rea da sa�de passaram a ocorrer desde que Mateus Sim�es (Novo) deixou a C�mara Municipal para se tornar secret�rio-geral do estado, em mar�o.
Um dia ap�s o prefeito abordar o tema, Zema foi entrevistado pelo programa Alterosa Alerta, da TV Alterosa, e rebateu as acusa��es. “Me causa estranheza (a men��o), at� porque o �nico hospital de campanha que constru�mos, com 800 leitos, foi na capital. Pelo que me consta, ele (Kalil) fez v�rios an�ncios que faria hospital de campanha, e at� hoje n�o vi nenhum leito. Parece que est� tendo muita fala��o e pouca a��o. Prefiro quem age como eu, quem fala pouco e faz muito, que parece que n�o � o que est� acontecendo”, disse, � �poca.
A entrevista
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, concedeu entrevista exclusiva ao Estado de Minas. Na conversa, ele falou sobre a pandemia da COVID-19 e as provid�ncias da PBH para reduzir casos, mortes e o impacto da doen�a no sistema de sa�de da capital mineira. Kalil ainda foi questionado sobre a��es para a retomada da economia da cidade, elei��es municipais, pol�tica estadual e nacional. As reportagens ser�o publicadas ao longo dos pr�ximos dias no portal e nas p�ginas impressas do Estado de Minas.
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