Sem citar respons�veis, o ex-ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica S�rgio Moro, refor�ou em entrevista � GloboNews nesta segunda-feira (12), que pontos do pacote anticrime precisam ser revistos. Na �ltima sexta-feira, o artigo inclu�do no Congresso e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro proporcionou a soltura de Andr� Oliveira Macedo, o Andr� do Rap. A decis�o foi dada pelo ministro Marco Aur�lio Mello, do Supremo Tribunal Federal, e derrubada na sequ�ncia pelo presidente do STF, Luiz Fux. O l�der do PCC � considerado foragido.
O ex-ministro j� havia informado em nota que era contra a inclus�o desse ponto do artigo do pacote anticrime sobre revis�es peri�dicas das pris�es preventivas durante a tramita��o no Congresso. Em entrevista � Folha de S�o Paulo nesse domingo, Moro disse que o artigo n�o estava no texto original do Projeto de Lei por temer solturas autom�ticas de presos perigosos por mero decurso de tempo.
Na entrevista � GloboNews, Moro foi diversas vezes questionado sobre a san��o da lei, mas n�o atribuiu a culpa ao presidente Jair Bolsonaro. "Quero olhar pra frente, estou em uma fase paz e amor", disse o ex-ministro. Ele afirmou que � preciso "trabalhar para corrigir esse pontos e evitar que criminosos de maior periculosidade sejam soltos", destacou.
O ex-ministro explicou ainda que antes da lei ser sancionada, ele e sua equipe trataram pessoalmente no Congresso os pontos do pacote. "Talvez a falha tenha sido minha de n�o conseguir convencer o contr�rio. Mas tenho a consci�ncia tranquila", disse.
O pacote anticrime foi votado pela C�mara dos Deputados em dezembro do ano passado. Na ocasi�o, o ent�o ministro S�rgio Moro discordou de tr�s temas inclu�dos no projeto: mudan�as na pris�o preventiva, revis�o da dela��o premiada e a figura do juiz de garantias. Os tr�s pontos, por�m, foram sancionados pelo presidente Jair Bolsonaro.
Tamb�m nesta segunda-feira, o atual ministro da Justi�a Andr� Mendon�a, defendeu que traficantes, principalmente os de alta periculosidade, devam ser mantidos presos.