
Al�m disso, a vi�va teria detalhado a participa��o de Adriano em outros homic�dios e listou agentes p�blicos que receberam propina para acobertar os crimes. Ela est� em pris�o domiciliar e prop�s a colabora��o para conseguir revogar as medidas restritivas impostas pela justi�a.
O MP ainda n�o decidiu se aceita a dela��o, j� que alguns promotores demonstram preocupa��o com inconsist�ncias e aus�ncia de provas em alguns relatos da vi�va.
Os anexos do depoimento de Julia est�o sob sigilo, mas a revista Veja afirma que conseguiu reconstituir o que ela disse sobre a liga��o de Adriano com a morte de Marielle.
Mil�cia da comunidade Gard�nia Azul
Julia contou que o ex-marido n�o teve participa��o no assassinato da vereadora e do motorista. Segundo a vi�va, Adriano chegou a cobrar satisfa��es dos comparsas de Rio das Pedras, comunidade localizada na Zona Sul do Rio, e queria saber se algum deles tinha envolvimento no caso.
Segundo Julia, a preocupa��o dele � que a investiga��o do crime atrapalhasse os neg�cios que tinha na regi�o.
Segundo Julia, a preocupa��o dele � que a investiga��o do crime atrapalhasse os neg�cios que tinha na regi�o.
Ela conta que integrantes da mil�cia que atua na comunidade Gard�nia Azul procuraram o ex-capit�o e discutiram a possibilidade de ele preparar um plano para matar Marielle, j� que a atua��o da vereadora estaria colocando em risco os neg�cios da mil�cia da regi�o de Rio das Pedras.
De acordo com a vi�va, Adriano teria achado a ideia absurda e arriscada, por envolver uma parlamentar, e que ficou surpreso com a not�cia do crime. Quando teria ido cobrar explica��es dos comparsas, ouviu que a ordem partiu do alto-comando da Gard�nia Azul.
A revista afirma que nenhuma das fontes consultadas pela reportagem quis informar o nome da pessoa que ordenou a execu��o de Marielle e Anderson. Al�m disso, lembra que um dos chefes da mil�cia na regi�o � o ex-vereador Cristiano Gir�o.
Em setembro do ano passado, endere�os de Gir�o e de pessoas ligadas ao PM reformado Ronnie Lessa, preso por participar do assassinato de Marielle, foram alvos de busca e apreens�o realizados pela Pol�cia Civil e o MP.
Acordo de dela��o
A vi�va prestou as primeiras informa��es poucos dias depois da morte do marido, em fevereiro de 2020, em Bras�lia.
Segundo ela, Adriano n�o aceitava ter o nome envolvido como um dos suspeitos pela morte de Marielle e Anderson. Ele repetia que nunca mais teria paz para ganhar dinheiro, porque passaria a atrair todos os holofotes.
Segundo ela, Adriano n�o aceitava ter o nome envolvido como um dos suspeitos pela morte de Marielle e Anderson. Ele repetia que nunca mais teria paz para ganhar dinheiro, porque passaria a atrair todos os holofotes.
Ap�s a morte do ex-capit�o, ela teve a pris�o decretada, sob a acusa��o de participar de uma organiza��o criminosa e de um esquema de lavagem de dinheiro ligados a atividades de Adriano.
A partir da�, come�ou a pensar na dela��o e conversou com as promotoras Simone Sib�lio e Let�cia Emile, que integravam a for�a-tarefa do caso Marielle. Na reuni�o, ela revelou a identidade do mandante do crime.
A partir da�, come�ou a pensar na dela��o e conversou com as promotoras Simone Sib�lio e Let�cia Emile, que integravam a for�a-tarefa do caso Marielle. Na reuni�o, ela revelou a identidade do mandante do crime.
Em 8 de julho, Julia esteve com o promotor Lu�s Augusto Soares de Andrade, repetiu tudo o que disse sobre o caso Marielle e entregou os anexos de sua proposta de colabora��o.
Dois dias depois, o Minist�rio P�blico do Rio informou que as promotoras Simone Sib�lio e Let�cia Emile deixaram a for�a-tarefa do caso Marielle.
Dois dias depois, o Minist�rio P�blico do Rio informou que as promotoras Simone Sib�lio e Let�cia Emile deixaram a for�a-tarefa do caso Marielle.
As promotoras estariam insatisfeitas com as fragilidades das provas nos relatos de Julia e teriam reclamado do risco de interfer�ncias externas que comprometessem as investiga��es do caso.
Elas tamb�m n�o gostaram da transfer�ncia da negocia��o da dela��o de Julia para outro promotor, que seria menos familiarizado com os temas constantes dos anexos.
Elas tamb�m n�o gostaram da transfer�ncia da negocia��o da dela��o de Julia para outro promotor, que seria menos familiarizado com os temas constantes dos anexos.
Resist�ncia � pris�o ou queima de arquivo
Quando prestou depoimento sobre a morte do marido ao Minist�rio P�blico da Bahia, Julia afirmou que Adriano foi executado como queima de arquivo.
J� a Secretaria de Seguran�a P�blica do estado alega que houve resist�ncia a uma ordem de pris�o, seguida de troca de tiros e da morte do ex-capit�o, que era foragido da justi�a.
J� a Secretaria de Seguran�a P�blica do estado alega que houve resist�ncia a uma ordem de pris�o, seguida de troca de tiros e da morte do ex-capit�o, que era foragido da justi�a.
Para tentar esclarecer como Adriano de fato morreu, o corpo dele foi exumado na �ltima segunda-feira.
*Estagi�ria sob supervis�o do editor �lvaro Duarte