
- Algoz de Bolsonaro, STF tamb�m comete excessos institucionais
De acordo com O Globo, o levantamento foi feito pela empresa de an�lise de dados Novelo Data, que, ao filtrar as publica��es na m�dia com palavras-chave, como os nomes dos tribunais e de seus ministros, al�m de refer�ncias �s urnas eletr�nicas, descobriu que algumas contas exclu�ram as filmagens com fake news ou bloquearam o acesso ao p�blico.
Na lista est�o dois canais ligados ao youtuber bolsonarista Fernando Lisboa, conhecidos como Vlog do Lisboa, que foram alvos da determina��o do TSE e somam mais de 800 mil seguidores.
Ainda segundo a reportagem, foram exclu�dos dois v�deos, um deles com refer�ncias � live do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com alega��es falsas de fraude nas urnas que levou o presidente a ser investigado, e outro v�deo intitulado "Lula s� ganha com Fraude nas Urnas".
Entenda a decis�o do TSE
Conforme o inqu�rito administrativo instalado no TSE na segunda-feira (16/8), as redes sociais YouTube, Twitch.TV, Twitter, Instagram e Facebook devem suspender imediatamente as monetiza��es dos conte�dos publicados pelas pessoas e p�ginas indiciadas na investiga��o.
Dentre os perfis ligados � propaga��o de desinforma��o, est�o o de Jair Bolsonaro, de seus filhos Fl�vio (Patriota-RJ), Eduardo (PSL-SP) e Carlos (Republicanos-RJ), que chegou a criticar a decis�o do magistrado como um ato de 'censura'. Al�m deles, outros quatro deputados federais e influenciadores bolsonaristas tamb�m ser�o investigados.
Os recursos financeiros que vierem a ser obtidos pelos investigados ser�o transferidos para uma conta vinculada ao tribunal. O corregedor-geral ainda n�o decidiu se a medida se estende aos perfis de pol�ticos.
As redes sociais devem apresentar em at� 20 dias � Corregedoria-Geral Eleitoral os ganhos de cada perfil, canal e p�gina indiciada no inqu�rito administrativo do TSE.
O despacho ainda obriga as plataformas a deixarem de usar algor�tmos que sugiram perfis com claro teor desinformativo e pol�tico-ideol�gico. Salom�o afirmou que o objetivo � evitar que os perfis investigados continuem a se beneficiar financeiramente e politicamente com a veicula��o de conte�dos mentirosos.
Os representantes das redes sociais no Brasil ser�o convocados a participar de encontros com as equipes t�cnicas da Pol�cia Federal e do TSE, a fim de mitigar os efeitos da desinforma��o nas plataformas. A data da reuni�o ainda ser� definida.
O ministro determinou ainda a imediata suspens�o de pagamentos �s transmiss�es ao vivo, como as realizadas semanalmente por Bolsonaro. Os conte�dos publicados no canal do presidente no Youtube n�o s�o monetizados - a exemplo da tradicional live realizada �s quintas-feiras, que o levou a ser investigado pelo TSE por divulgar not�cias falsas que atentariam contra os ministros da Corte -, mas os usu�rios que retransmitem as suas publica��es ainda podem se beneficiar financeiramente da dissemina��o de publica��es mentirosas.
