
O transporte est� marcado para sair de Douradina, no Paran�, onde a sede da empresa est� localizada.
“Ol� pessoal de Douradina, convido todos voc�s para ir at� Brasilia”, diz M�rio Gazin no v�deo. “Ningu�m paga nada. � esse o trabalho que n�s temos para defender o Brasil. Quem n�o pensar no Brasil de hoje est� errado porque n�o sabe o que ser� o futuro. Vamos salvar o governo”, explica.
Nos �ltimos meses, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), vem falando a apoiadores, sem apresentar provas, que ganhou as elei��es em primeiro turno. De acordo com ele, o pleito de 2018 foi fraudado para que o petista Fernando Haddad tivesse a oportunidade de enfrent�-lo em segundo turno.
Bolsonaro foi eleito, no segundo turno, o 38º presidente da Rep�blica com 57.797.847 votos (55,13% dos votos v�lidos), contra 47.040.906 votos (44,87%) de Haddad.
Com as declara��es, o presidente come�ou a chamar a aten��o de alguns nomes importantes. Entre eles, os ministros do STF Lu�s Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.
Barroso � presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e rejeitou todas as acusa��es de fraude feitas por Bolsonaro. Com isso, o presidente come�ou atacar o ministro pessoalmente e at� mesmo o chamou de “canalha” e “filha da puta”.
J� Moraes � relator do inqu�rito das fake news. Aberto em mar�o de 2019, por decis�o do ent�o presidente da Corte, Dias Toffoli, o inqu�rito investiga not�cias fraudulentas, ofensas e amea�as a ministros do STF.
Ap�s os ataques do presidente contra Barroso ficarem mais intensos, Moraes determinou a inclus�o de Bolsonaro como investigado no inqu�rito que apura a divulga��o de informa��es falsas.
A a��o dos ministros gerou uma resposta do presidente, que enviou ao Senado pedido de impeachment contra Moraes. O STF divulgou nota repudiando o ato de Bolsonaro.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), j� afirmou n�o vislumbrar fundamentos t�cnicos, jur�dicos e pol�ticos para a destitui��o de um integrante da Suprema Corte.
Manifesta��es
O pedido de Bolsonaro incitou tamb�m revolta entre seus apoiadores, que prometem sair �s ruas no 7 de Setembro, Dia da Independ�ncia, e pedir a interven��o das for�as armadas no pa�s, promovendo um golpe militar.
Essa n�o seria a primeira vez que o pa�s passaria por uma gest�o militar. A derrubada de Jo�o Goulart levou a uma ditadura de 21 anos, per�odo marcado por crimes contra a democracia, a liberdade de imprensa e os direitos humanos.
Foram 5 mandatos militares e 16 atos institucionais – mecanismos legais que se sobrepunham � Constitui��o. Entre eles, o AI-5, que estabeleceu um regime de opress�o, garantindo a amplia��o dos aparatos de persegui��o e repress�o dos cidad�os brasileiros. A��es ilegais, como a tortura, ganharam incentivo durante o ato.