
"Gostaria muito que essa CPI investigasse tudo o que j� aconteceu na Cemig. Com certeza, o que ocorre no nosso governo, como j� mencionei, � pr�ximo a zero em vista do que ocorreu em governos anteriores", disse ele.
Segundo o governador, existe transpar�ncia em torno de todos os indicadores da gest�o estadual e n�o h� o que esconder aos deputados. Um dos pontos em xeque � o processo de escolha de Reynaldo Passanezi Filho para a presid�ncia da estatal. A Exec, cujos s�cios t�m liga��o com o partido Novo, foi contratada para conduzir o recrutamento. A empresa j� havia atuado na escolha de secret�rios do Pal�cio Tiradentes.
O contrato entre Cemig e Exec foi oficializado depois da presta��o do servi�o de recrutamento, via instrumento chamado convalida��o. Passanezi tomou posse em 13 de janeiro do ano passado; o documento que celebra o acordo � datado de sete dias depois.
"A CPI est� fazendo um levantamento. Orientamos que seja dada total transpar�ncia. O atual presidente da Cemig tem todas as credenciais para ocupar o cargo, diferentemente de anteriores, que foram indica��es pol�ticas. � s� olhar o curr�culo dele", afirmou o governador.
Como mostrou o Estado de Minas nesta sexta, a Cemig firmou, sem licita��o, quatro pactos para recrutar executivos. Entre eles est�, justamente, o processo que culminou na elei��o de Passanezi.
A energ�tica alega que a dispensa de concorr�ncia, al�m de prevista na Lei das Estatais, est� embasada na not�ria especializa��o das empresas chamadas.
Governador diz que empresa � "patrim�nio dos mineiros"
Ao tratar da atua��o da Cemig, Romeu Zema enalteceu os resultados obtidos pela companhia e a classificou de "patrim�nio" da popula��o do estado.
"O resultado da Cemig, recorde no �ltimo trimestre, demonstra que as a��es t�m sido feitas em prol do estado. A empresa, hoje, vale muito mais. Ela � patrim�nio do povo mineiro. Mas que a CPI fa�a qualquer levantamento. Se algu�m fez algo de errado, que seja responsabilizado. Somos favor�veis a isso".
Mais cedo, no Twitter, quando isentou o governo mineiro de culpa pelo aumento no pre�o dos combust�veis, Zema chegou a falar que a privatiza��o de empresas como a Cemig e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) pode abrir espa�o para o arrocho de tributos pagos pelo contribuinte.
"Minas hoje ainda � um estado que deve muito mais do que recebe, como uma pessoa que ganha 1 mil/m�s e deve 30 mil. Minha gest�o est� equilibrando as contas e arrumando a casa. A privatiza��o de empresas como Copasa e Cemig poderia possibilitar espa�o para redu��o de impostos", escreveu.
Governo j� foi alvo de outra CPI
No primeiro semestre deste ano, a Assembleia conduziu CPI para apurar a aplica��o de vacinas antiCOVID em servidores administrativos da Secretaria de Estado de Sa�de (SES). O relat�rio pede o indiciamento, por peculato e improbidade administrativa, do ex-chefe da pasta, Carlos Eduardo Amaral.
No fim de junho, quando a CPI da Cemig j� havia sido aberta e a investiga��o dos "fura-filas" caminhava para o fim, Zema se pronunciou sobre as comiss�es em entrevista ao EM.
"Me parece que est�o procurando cabelo em casca de ovo, e n�o gordura em pele de porco gordo, como deveria ser. Acho muito estranho tudo isso. Qual � o crit�rio para abrir uma CPI? Procurar migalhas ou deixar passar elefantes e baleias?", indagou, � �poca.