'Braga Netto e Ramos s�o o centr�o de farda', diz Alessandro Vieira

Para o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), a Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da COVID-19, instaurada no Senado Federal, n�o blindou ningu�m. Ele avalia, contudo, que faltou coragem dos parlamentares para a convoca��o de tr�s personagens que ele classifica como “essenciais na trag�dia brasileira”.

No caso, o Ministro da Defesa e ex-Ministro da Casa Civil, General Walter Braga Netto; o Ministro-Chefe da Secretaria-Geral da Presid�ncia da Rep�blica, General Luiz Eduardo Ramos; al�m do Ministro da Economia, Paulo Guedes. 

Quanto aos generais, Vieira acredita que houve temor de uma rea��o das For�as Armadas caso eles fossem chamados � investiga��o. O senador classifica o receio como infundado e cita as manifesta��es de Sete de Setembro como prova disso.

"(...) As pol�cias continuaram trabalhando e o ex�rcito, muito claramente, deixou o recado de que n�o ia participar de nenhum tipo de quartelada”, disse o pol�tico na noite desta segunda-feira (18/10), em entrevista ao Programa Roda Vida, da TV Cultura. 

O cidadanista, no entanto, demonstra compreens�o com a postura dos colegas, numa esp�cie de reconhecimento da for�a do “fantasma” da Ditadura Militar no Brasil. “Era um receio efetivo de senadores veteranos, que t�m um temor ainda baseado naquilo tudo o que viveram no Regime Militar”, afirmou, deixando claro que sua concep��o � diferente. 

“Eu acho que essas figuras que se destacam das For�as Armadas e v�o trabalhar no mundo civil viram pol�ticos. Braga Netto e o Ministro Ramos s�o nada mais do que o Centr�o de farda. N�o tem por que usar meias palavras. Eles participaram de todo o processo de negocia��o com figuras com o (presidente da C�mara dos Deputados) Artur Lira e (o Ministro-Chefe da Casa Civil) Ciro Nogueira. As trocas s�o as mesmas. O fato de terem usado uma farda no passado n�o protege esses cidad�os”, ponderou. 

Vieira citou Braga Netto como um dos respons�veis diretos pela m� condu��o da pandemia. “Era o segundo homem na hierarquia. Ele tinha, literalmente, o controle dos contratos de vacina. Ele decidia se era para acelerar ou retardar a contrata��o. Como os minist�rios iriam atuar. At� as empresas p�blicas estavam sob guarda do Braga Netto”, ressaltou. 

J� no caso de Paulo Guedes, o parlamentar diz que os colegas evitaram convoc�-lo por medo de que o envolvimento direto do ministro na CPI afetasse a economia brasileira. Para Vieira, Guedes trabalhou ativamente para a propaga��o do novo coronav�rus.

“Quando o ele, deliberadamente, retarda a entrega do aux�lio emergencial, ele for�a as pessoas a ir para rua. Tudo como parte de uma estrat�gia de acelerar a contamina��o. Isso � fato. N�s passamos os primeiros meses de 2020 sem aux�lio emergencial por conta de uma decis�o pol�tica do Minist�rio da Economia. Inclusive com documenta��o do (Secret�rio de Pol�tica Econ�mica) Adolfo Sachsida dizendo exatamente isso: "a pandemia est� acabando, n�o tem que pagar mais nada", concluiu. 

 

O que � uma CPI?