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Estado de Minas CPI NA ASSEMBLEIA

Diretor do Novo nega atuar na Cemig e diz que opinou a pedido do governo

Evandro Negr�o confirmou ter sido procurado para buscar empresa que pudesse captar, no mercado de executivos, um novo presidente para a estatal


15/02/2022 19:23 - atualizado 15/02/2022 21:21

Evandro Veiga Negrão de Lima Júnior, dirigente do Novo, presta depoimento a deputados em CPI sobre a Cemig
Evandro Negr�o foi interrogado por deputados nesta ter�a-feira (15) (foto: Guilherme Dardanhan/ALMG )
O vice-presidente do Novo em Minas Gerais, Evandro Veiga Negr�o de Lima J�nior, confirmou, nesta ter�a-feira (15/2), na Assembleia Legislativa, ter sido o respons�vel por pedir, a uma empresa respons�vel por captar executivos no mercado, o envio de uma proposta financeira sobre os custos para selecionar o novo presidente da Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig). O caso aconteceu em 2019.

A Exec, empresa procurada por Evandro, foi a escolhida pela estatal para tocar a escolha que culminou na contrata��o de Reynaldo Passanezi, no comando da companhia de luz desde janeiro de 2020. O correligion�rio do governador Romeu Zema - a quem doou quantia financeira na campanha eleitoral de 2018 - contou ter buscado a Exec a pedido de C�ssio Azevedo, ent�o secret�rio de Estado de Desenvolvimento Econ�mico.

O dirigente do Novo esteve frente a frente com deputados estaduais para prestar depoimento � Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) que apura poss�veis irregularidades na gest�o da Cemig. Ele afirmou ainda que, a convite de Zema, participou, ao lado do governador, de uma entrevista com Passanezi.

Evandro n�o exerce cargo no governo estadual ou na estatal energ�tica, mas parlamentares suspeitam que ele tenha interfer�ncia em decis�es tomadas pela dire��o da Cemig. Ele, por�m, afirmou que n�o atuou diretamente na contrata��o de Exec ou de Passanezi - e que apenas d� opini�es em temas ligados ao governo estadual quando provocado por algum secret�rio ou pelo pr�prio Zema.

"Fiz o pedido da proposta. N�o encomendei o servi�o. Atendi a um pedido do secret�rio de Desenvolvimento Econ�mico, C�ssio Azevedo", disse. Citado por ele, Azevedo morreu no ano passado, por causa de um c�ncer.

A sele��o conduzida pela Exec custou R$ 170 mil. O contrato para viabilizar o pagamento foi assinado posteriormente � escolha de Passanezi. A pr�tica, chamada de convalida��o, � utilizada a fim de validar acordos retroativos. A Cemig tem justificado o uso do m�todo para garantir o sigilo, com o objetivo que o mercado financeiro soubesse antecipadamente de uma troca diretiva. N�o houve licita��o.

O filiado ao Novo afirmou que est� apto a ajudar, inclusive, gest�es de outros partidos. Como exemplo, citou o MDB, que abriga o deputado S�vio Souza Cruz, relator da CPI.

"Se o partido do senhor [S�vio] ou qualquer outro partido precisar da minha ajuda ou de minha opini�o em algum tema que eu possa contribuir, estarei disposto a contribuir. A decis�o � de quem solicita a ajuda", disse.

S�vio Souza Cruz questionou Evandro sobre de quem era a responsabilidade por, depois enviada a proposta, fechar o acordo com a Exec, mas o depoente n�o soube responder e afirmou n�o ter atuado no caso.

"Continuamos com o nosso Salom�o Hayalla N�o sabemos quem contratou a Exec", protestou o deputado, em men��o a um personagem da novela "O Astro", exibida pela TV Globo nos anos 1970, e cuja morte foi o mist�rio respons�vel por movimentar a trama.

Sabatinas de presidente com c�pula do Novo intrigam deputados


Na sexta (11) Reynaldo Passanezi esteve presente � CPI. Ele afirmou que, al�m da conversa com Zema e Evandro Negr�o, participou de uma sabatina com Jo�o Amo�do, ent�o presidente nacional do Novo. Ele explicou que, depois de enviar o curr�culo � Exec, passou por uma bateria de conversas.

"A Exec me recomendou algumas entrevistas para que eu fizesse meu processo de sele��o. Segui essas entrevistas".

Como j� mostrou o Estado de Minas, a Exec, al�m de cobrar R$ 170 mil pela sele��o de Passanezi, recebeu R$ 129.108,99 por participar da escolha de diretores. A empresa tem s�cios ligados ao Novo e atuou na designa��o de componentes do secretariado do governo Zema.

"N�o s�o pr�ticas de mercado, mas de aparelhamento de pessoas do partido por meio da Cemig", protestou Beatriz Cerqueira (PT).

Evandro, no entanto, garantiu que a alta c�pula do Novo n�o conhecia Reynaldo Passanezi. "Ele � publicamente tido como o melhor - se n�o, um dos melhores - executivos do setor el�trico no Brasil".

Depoente nega conflito de interesses


Evandro Negr�o � s�cio de uma usina de energia fotovoltaica. Quem tamb�m tem participa��o na empresa � Carlos Alberto Campos, marido de Ivna de S� Machado de Ara�jo, gerente do setor de Compras de Materiais e Servi�os da Cemig.

"Desconhecia que ela era funcion�ria da Cemig. Nunca a vi", garantiu o vice-presidente do Novo no estado. Depois do depoimento, ele emitiu nota para refor�ar as posi��es que emitiu. (Veja no fim deste texto)

No ano passado, uma investiga��o no setor de Compras e Suprimentos da estatal mineira gerou o afastamento de funcion�rios do departamento. A CPI busca saber se h� conflito de interesses no caso.

O governista Z� Guilherme (PP) defendeu a participa��o do Novo no processo que culminou na posse de Reynaldo Passanezi. "� justo o partido que vence as elei��es governar. � justo, tamb�m, que o governador Romeu Zema, do partido Novo, quando vai se aconselhar, busque se aconselhar com quem ele conhece, acredita, e pensa igual a ele, [como] um filiado ao partido Novo".

Nota de Evandro Veiga Negr�o de Lima J�nior

O vice-presidente do diret�rio estadual do partido Novo em Minas Gerais, Evandro Veiga Negr�o de Lima Jr., participou hoje, de forma volunt�ria e como testemunha, de uma sess�o na Assembleia Legislativa. Ele esclareceu aos deputados sobre a contrata��o do atual presidente da Cemig.

Entre outubro e novembro de 2019, Evandro foi consultado pelo ent�o secret�rio estadual de desenvolvimento econ�mico, C�ssio Azevedo, sobre a substitui��o de Cledorvino Bellini, que havia decidido deixar a presid�ncia da Cemig.A sugest�o foi pela contrata��o de uma empresa de recrutamento para que houvesse um processo seguindo as melhores pr�ticas de governan�a. Dessa forma, foi solicitada uma proposta a uma empresa reconhecida nacionalmente, que preenchia os requisitos necess�rios e apresentou um pre�o abaixo do mercado. Essa proposta foi encaminhada ao secret�rio C�ssio e ao ent�o presidente Bellini, que deram sequ�ncia � decis�o de contrata��o da empresa de recrutamento.

Dados p�blicos constatam que o presidente escolhido pela Cemig tem realizado uma boa gest�o da companhia, comprovada pela valoriza��o de 43% das a��es da empresa durante o per�odo de sua gest�o contra uma queda de 4% da bolsa, atingindo o maior valor de mercado da hist�ria da companhia; menor tempo m�dio sem energia do consumidor da hist�ria da concess�o em tempo e frequ�ncia; diminui��o significativa em n�mero de compras por dispensa e inexigibilidade de licita��o em rela��o a gest�es passadas e, pela primeira vez na hist�ria, gastou menos que o limite estabelecido pela Aneel. Evandro Negr�o de Lima Jr. esclarece que nenhuma de suas empresas jamais obteve algum tipo de benef�cio ou favorecimento il�cito ou escuso por parte da Cemig ou qualquer outro �rg�o p�blico estadual.

Afirma tamb�m que � s�cio de uma usina de energia solar fotovoltaica, que est� conclu�da h� dois meses e ainda n�o est� gerando energia. Al�m disso, essa empresa n�o tem qualquer rela��o comercial com a Cemig ou seus dirigentes.


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