
Investigado por supostamente ter participado de um esquema de rachadinhas na C�mara Municipal de Belo Horizonte, o vereador Rog�rio Alkimim renunciou nesta quarta-feira (1º/6) ao mandato. A confirma��o foi feita pela presidente da casa, Nely Aquino (Podemos) durante a reuni�o do col�gio de l�deres.
A procuradoria da C�mara j� tomou conhecimento e receber� formalmente o pedido de ren�ncia nos pr�ximos dias. O processo ser� conclu�do em breve.
O posto de Alkimim ser� ocupado pelo suplente Cleiton Xavier (PMN), presidente municipal do partido, que assumir� o mandato a partir de 1º de julho. Ele, inclusive, havia entrado com a��o na Justi�a Eleitoral pedindo a cadeira de Alkimim na C�mara, justamente por ter deixado a legenda e se filiado ao PP sem comunicar ao diret�rio.
Alkimim tamb�m optou por deixar o cargo para disputar o cargo de deputado estadual na elei��o de outubro.Como recebeu dois pedidos de cassa��o e poderia ser condenado, ficaria ineleg�vel por pelo menos oito anos.
Rachadinha
Eleito em 2020 com 6.061 votos, Rog�rio Alkimim enfrenta o esc�ndalo de nepotismo e rachadinha, al�m de ser acusado de contrata��o de funcion�rios-fantasma, com desvio de R$ 55 mil a R$ 70 mil. A Pol�cia Civil e a Procuradoria da C�mara investigam o caso. O processo segue em segredo de Justi�a.
A a��o � considerada ilegal, pelo fato de o parlamentar contratar servidores e ficar com parte do sal�rio deles. Nos dois pedidos de cassa��o de mandato, as den�ncias foram assinadas pelos advogados Mariel Marra e Tha�s Otoni Fontella.
No dossi�, Mariel diz ter sido procurado por uma testemunha que resolveu denunciar o esquema de desvio de sal�rios. Segundo o advogado, as supostas "rachadinhas", somadas, geram entre R$ 50 mil e R$ 60 mil ao m�s. A lista de poss�veis envolvidos tem um tio-av� de Alkimim, que receberia mais de R$ 11 mil ao m�s como funcion�rio do gabinete. Efetivamente, por�m, o homem s� ficava com cerca de R$ 1 mil, tendo de repassar o restante ao esquema.
As suspeitas sobre Alkimim incluem, ainda, o uso de carros oficiais da C�mara para viagens pelo interior mineiro e o destacamento de funcion�rios do gabinete para realizar atividades da organiza��o n�o-governamental (ONG) ligada ao vereador. No ano passado, o vereador chegou a indicar a ONG, batizada Raio de Luz, para receber emenda solicitada por seu mandato. A verba, no entanto, n�o chegou a ser paga.