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Estado de Minas ELEI��O 2022

Campanha de Bolsonaro deve explorar imagem de perseguido pelo TSE

A mensagem deve ser explorada independentemente do resultado do julgamento sobre os direitos de resposta concedidos a Lula


22/10/2022 10:38 - atualizado 22/10/2022 10:40

Bolsonaro em cena do debate no SBT cercado por seu apoiadores
Auxiliares de Bolsonaro dizem que j� contavam com uma poss�vel avalanche de direitos de resposta por causa da agressividade de pe�as veiculadas nas �ltimas semanas (foto: Nelson ALMEIDA / AFP)

BRAS�LIA, DF (FOLHAPRESS) - A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) deve utilizar as decis�es do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre os direitos de resposta ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) para refor�ar a mensagem de que o mandat�rio � perseguido pela corte e tem sido alvo de censura.

De acordo com interlocutores, a mensagem deve ser explorada independentemente do resultado do julgamento do plen�rio virtual do TSE neste s�bado (22), quando os direitos de resposta concedidos a Lula ser�o mantidos ou anulados. Isso porque aliados do presidente acreditam que os ministros da corte tendem a confirmar uma decis�o pr�-Lula.

Nos �ltimos dias, integrantes do TSE decidiram conceder direitos de resposta na TV �s campanhas de Lula e Bolsonaro - sendo que o petista foi o maior beneficiado.

Se o plen�rio do TSE confirmar todas as decis�es, a reta final da propaganda de r�dio e TV ser� alterada. Somados os blocos di�rios e das inser��es de 30 segundos, o petista pode acumular cerca de 5 horas e o presidente, 2 horas.

Leia tamb�m:
  TSE suspende os 164 direitos de resposta de Lula em programa de Bolsonaro. 

Outras decis�es que geraram cr�ticas por suposta censura por parte de aliados de Bolsonaro s�o a que expandiu os poderes do TSE no combate a fake news e a que abriu investiga��o contra a rede Jovem Pan por suposto tratamento desigual a candidatos.

Auxiliares de Bolsonaro dizem que j� contavam com uma poss�vel avalanche de direitos de resposta por causa da agressividade de pe�as veiculadas nas �ltimas semanas. Consideram que valeu a pena correr o risco porque as inser��es associando Lula � vota��o em pres�dios e � corrup��o foram importantes para manter aceso o antipetismo no eleitorado cortejado por Bolsonaro.

Aliados j� colocaram em pr�tica a ret�rica de acusar o TSE de cometer censura. De acordo com eles, al�m de repercutir bem entre apoiadores mais ideol�gicos do bolsonarismo, esse argumento � efetivo em algumas parcelas de votantes em S�o Paulo, um dos principais focos da campanha.

O ministro da Secretaria-Geral, Luiz Eduardo Ramos, disse em seu Twitter: "Pelos �ltimos acontecimentos, n�o podemos admitir que a censura se instale no Brasil em pleno s�culo 21".

Leia tamb�m: TSE acata pedido de campanha de Bolsonaro e suspende propaganda do PT.

"Nosso lado est� impedido de divulgar fatos que foram noticiados, enquanto o outro lado alega 'liberdade de express�o' para caluniar, injuriar, difamar, amea�ar, incitar pr�tica de discrimina��o, mentir, manipular... Nunca foi t�o f�cil escolher", afirmou Jo�o Henrique Nascimento de Freitas, assessor do gabinete pessoal de Bolsonaro.

Integrantes da campanha reconhecem que n�o � positivo perder o espa�o na televis�o para Lula na reta final, mas minimizam a capacidade do petista de virar votos com as inser��es.

Em tese, Lula dever� responder apenas sobre temas relacionados aos pedidos de direito de resposta. Ou seja, ele dever� rebater em diversas inser��es a declara��o de que � o mais votado em pres�dios e as acusa��es de ser ladr�o e corrupto.

tema da corrup��o, para integrantes da equipe de Bolsonaro, � o calcanhar de Aquiles de Lula. Para a campanha do atual presidente, ele n�o tem conseguido responder de forma satisfat�ria a provoca��es sobre o tema.

INOC�NCIA DE LULA 


Segundo assessores de Bolsonaro, quem ainda n�o foi convencido da inoc�ncia de Lula dificilmente mudar� de opini�o nos �ltimos dias da campanha - o que reduz o potencial ofensivo dos direitos de resposta sobre esse assunto.

Na quinta-feira (20), Moraes anunciou uma reuni�o entre as equipes jur�dicas de Lula e Bolsonaro para tentar alcan�ar um acordo no sentido de reduzir os ataques na �ltima semana do pleito e adotar um tom mais propositivo. De acordo com interlocutores, o entendimento envolveria uma negocia��o entre as partes para que os pedidos de direitos de resposta fossem eventualmente retirados.

Um gesto nesse sentido foi descartado por Lula. "Hoje falei com o advogado, ele ia conversar com o Alexandre de Moraes. Houve uma proposta de acordo e eu disse que n�o tem acordo. Se n�s ganhamos 184 [inser��es] e perdemos 14. Ele que utilize os nossos 14 e n�s utilizamos os 184 dele", declarou Lula.

Aliados do petista dizem que os direitos de resposta foram conquistados por causa de ataques disparados por Bolsonaro e que n�o h� raz�o para abrir m�o de um direito concedido pelo tribunal. Al�m do mais, eles dizem que o hist�rico de fake news criadas pela equipe do atual presidente d� pouca credibilidade a qualquer promessa por uma campanha menos agressiva.

 


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